Realizado pelo segundo ano na UnB, Novembro Negro promove debates e outras atrações para marcar o Dia Nacional da Consciência Negra

 

Reflexões sobre a inclusão do negro na sociedade estão presentes na programação do Novembro Negro. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

No próximo dia 20, é celebrado em todo o país o Dia da Consciência Negra. A Universidade de Brasília, por meio do Centro de Convivência Negra (CCN) e da Diretoria da Diversidade (DIV), organizou uma série de atividades para promover a visibilidade das discussões sobre negritude na Universidade. A iniciativa, que faz parte do Novembro Negro, tem programação durante todo o mês, de 1º a 29 de novembro.

 

As ações, organizadas em parceria com coletivos e centros acadêmicos, visam uma reflexão sobre questões de racismo, discriminação, igualdade social, inclusão do negro na sociedade e cultura afro-brasileira. "A ideia foi ampliar o debate para além do dia 20, uma vez que se trata de uma luta diária, sendo sempre preciso superar os entraves raciais que ainda persistem. O evento abre um diálogo com os estudantes, a docência e a gestão, assim como contribui com novas iniciativas no âmbito da Universidade", afirma o coordenador do CCN, Manoel Neres.   

 

Para além das políticas de afirmação racial, o centro pretende desenvolver outros trabalhos, no sentido de reforçar a representatividade do movimento negro na Universidade. Um exemplo refere-se a estudo de indicadores sobre o negro na UnB. “O projeto ainda está em fase de elaboração, mas queremos desenvolver uma pesquisa relacionada ao perfil étnico-racial da comunidade universitária”, informa.

Manoel Neres, coordenador do CCN, durante abertura do Novembro Negro. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB 

 

A importância da contribuição dos povos negros, descendentes de africanos, para a construção da cultura brasileira é lembrada e discutida por toda a sociedade. 

 

Inspirada no movimento Vidas Negras Importam, a ONU convidou a UnB para apoiar a campanha Vidas Negras, que busca ampliar a visibilidade do problema da violência contra a juventude negra no país. De acordo com o coordenador do CCN, as instituições estão agora em contato para definição e concretização da parceria.

 

PROGRAMAÇÃO — No dia 1º, aconteceu a abertura do evento, que contou com apresentação do grupo de percussão Obará - Mossoró Dayó II. No último dia 12, o Centro Acadêmico de Filosofia (Cafil), em parceria com o coletivo Quilombo e o Centro de Convivência Negra (CCN), realizou algumas atividades no subsolo do ICC Norte. Entre elas, uma roda de conversa com o tema A invisibilidade da mulher preta na academia.

 

Na programação, ainda estão previstas diversas iniciativas educativas, artísticas e culturais. No dia da Consciência Negra, 20 de novembro, as ações concentram-se no Teatro de Arena, entre 12h e 16h.

 

Às 19h, a Biblioteca Central (BCE) realiza o coquetel de abertura da I Mostra de Arte de Estudantes e Professores Negros da Universidade de Brasília, que busca quebrar, por meio da arte, estereótipos carregados de problemáticas sociais, através de pinturas, figuras, entre outros. Apoiada pela Diretoria de Organizações Comunitárias, Cultura e Arte (Docca/DAC), a exposição segue até 30 de Novembro. 

 

Na semana entre 19 e 23 de novembro, o Restaurante Universitário (RU) do campus Darcy Ribeiro terá atrações especiais.

 

Clique e confira a programação completa do Novembro Negro. Arte: Camila Diniz/Secom UnB

 

 

*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

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