COMUNHÃO

Promoção do bem-estar também será abordada de forma criativa e completamente on-line. Atividades com essa temática estão concentradas nesta quarta-feira (23)

 

Grupo Quintal da Saúde em imagem de arquivo: atividades foram adaptadas com foco em saúde mental para a Semuni. Foto: Arquivo Quintal da Saúde

 

O distanciamento social não será empecilho para que a comunidade esteja unida em prol da saúde mental, cuja relevância está mais evidente durante a pandemia de covid-19. Em sua primeira edição completamente on-line, a 20ª Semana Universitária (Semuni) dedica um dia exclusivo ao bem-estar e à saúde mental: quarta-feira (23). As transmissões – entre elas atividades ao vivo, que possibilitam a interação direta com o público, ou conteúdos pré-gravados – acontecem pelos canais do Decanato de Extensão (DEX) e da UnBTV no YouTube, além das salas 1 e 2, criadas para difundir o conteúdo da Semuni.

 

Serão 15 atividades ao longo do dia, todas com o objetivo de estimular reflexões sobre o processo de mudança pelo qual a sociedade passa. A ideia também é colocar os sujeitos como indivíduos, profissionais e agentes curadores de si, por meio de práticas pensadas para a promoção do bem-estar e saúde mental.

 

>> Confira aqui a programação especial da 20ª Semana Universitária

 

ESCRITA CRIATIVA COMO ESTRATÉGIA DE CURA – O grupo de pesquisa Gecria (PPGL/UnB/CNPq), responsável pelo projeto de extensão Escrita Criativa e Consciência Linguística, estará à frente de quatro ações. A professora do Instituto de Letras (IL/UnB) Juliana Dias conta que as atividades são possíveis porque há pessoas do grupo e parceiros externos apoiando as iniciativas. Ela explica ainda que a conexão com os outros participantes provocada pelas atividades é muito boa mesmo com o cenário remoto. "É como se esse trabalho revisitasse nossas dores e bloqueios", explica.

 

Umas das ações é uma oficina de escrita criativa que pretende trabalhar com as histórias das pessoas que estão sofrendo com as contenções do isolamento. A atividade deve abordar também ansiedades e perdas. Haverá o que é chamado de escritas carpideiras e obituários poéticos.

 

São dinâmicas para acolher o luto por meio da escrita e que utilizam a metodologia da escrita criativa como forma de desbloqueio e cura. "Entramos em estado de comunhão. Já participei de oficinas mediadas pela tela e tecnologias a distância e funciona muito bem", conta Juliana. A atividade Escrita criativa curativa durante a pandemia terá turmas pela manhã e pela tarde com propostas diferentes. 

 

Na oficina Dança Viva, no início da tarde, o terapeuta e antropósofo Leonardo Figueiredo promove uma vivência corporal e respiratória que trabalha com movimentos sistêmicos. Além disso, o Gecria convidou o pesquisador social Kaic Ribeiro para conduzir a roda de conversa Abraçando mudanças de pensar e agir: Roda reflexiva sobre pesquisa social. A atividade pretende abrir espaço de troca de saberes decoloniais, propondo posturas ativas entre novos métodos de pesquisa. A Roda reflexiva é voltada, em especial, para ciências humanas, mas pode beneficiar pesquisadores de todas as áreas.

 

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O graduando Davi Faustino ficou em dúvida, mas decidiu ser palestrante na Semuni porque tinha muito o que compartilhar. Foto: Arquivo pessoal/Davi Faustino

 

CORPO SÃO, MENTE SÃ – Participando pela primeira vez como palestrante da Semuni, o graduando Davi Faustino irá trazer ao público da oficina Bem-estar e benefício mútuo relacionados à prática não profissional do judô. "Ao focar a mente na atividade, a pessoa se desliga dos acontecimentos. Ela se concentra no momento e libera anti-inflamatórios naturais e endorfinas durante a prática", relata Faustino. Ele, que pratica o esporte há 13 anos e dá aula para crianças há dois, é estudante de Medicina Veterinária e espera que pessoas de todas as idades participem. "Serve tanto para pessoas que estejam isoladas com seus familiares, quanto sozinhas", afirma. Davi pretende fazer uma meditação ao fim da prática e dar espaço para interação com o público.

 

Já o grupo Quintal da Saúde, da Faculdade de Ciências da Saúde (FS), gravou um vídeo que será exibido aos espectadores. Com o nome Cuidar da saúde mental com práticas diárias simples, cinco integrantes do grupo pensaram uma forma de trazer para a Semuni algo que já estivesse no dia a dia dos brasileiros. "Nossa rotina costuma ser voltada para as plantas medicinais que temos nos canteiros da FS. Desta vez, tentamos nos voltar para plantas medicinais de uso comum que as pessoas tenham em casa", revela a extensionista e aluna de Farmácia, Bárbara Gomes.

 

Bárbara lembra que o uso de chás, por exemplo, é muito comum no Brasil para acalmar, relaxar ou aliviar a dor. O grupo buscou, na gravação do vídeo que será apresentado na Semuni, mostrar uma outra perspectiva para ações corriqueiras. "Estamos dando outro olhar para o que já é feito, uma vez que essas práticas podem auxiliar na saúde mental", finaliza.

 

*Matéria atualizada em 22 de setembro, para correção e acréscimo de informações.

 

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