VIGILÂNCIA PARTICIPATIVA

Engajamento no app auxilia monitoramento da saúde da comunidade universitária e pode garantir créditos. Saiba como

Aplicativo coleta dados da saúde da comunidade universitária e auxilia a identificação de casos de covid-19. Foto: Gabriela Studart/Secom UnB

 

O aplicativo Guardiões da Saúde está entre as principais estratégias adotadas para acompanhamento da saúde de estudantes, docentes e técnicos administrativos da Universidade de Brasília durante a pandemia de covid-19. De fácil navegação, o app, disponível para Android e IOS, possibilita a usuários o registro diário de possíveis sintomas relacionados à doença. Os dados ajudam órgãos de saúde e pesquisadores da Sala de Situação da UnB a monitorar a circulação do novo coronavírus entre a comunidade acadêmica e no Distrito Federal.

 

Para incentivar o engajamento no app entre os discentes, o Decanato de Ensino de Graduação (DEG) criou a disciplina de módulo livre Vigilância Epidemiológica Comunitária e Participativa, que oferece quatro créditos ao final do semestre. Não é necessário cursar outras disciplinas como pré-requisito, por isso, estudantes de todos os cursos da UnB podem participar.

 

>> Relembre: Engajamento em app de saúde pode conceder quatro créditos a estudantes da graduação

 

Como em qualquer outra disciplina, é necessário que os alunos cumpram os critérios estabelecidos para receber os créditos. Neste caso, o estudante deve se cadastrar no aplicativo para, então, ser pré-matriculado na disciplina. A frequência começa a ser contada a partir do dia de registro. Em seguida, deve permanecer por 112 dias no app e fazer uso por 84 dias, informando a situação do seu estado de saúde.

 

Se essas exigências mínimas forem cumpridas, o Decanato de Ensino de Graduação efetiva a matrícula neste semestre e o aluno recebe inicialmente a menção MM. No caso do uso por mais dias, a menção pode melhorar até chegar à SS. Para sanar dúvidas sobre os créditos, basta mandar mensagem no perfil no Instagram do projeto (@guardioesdasaudeunb). 

 

O aplicativo foi criado em 2007 pela Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi) e, recentemente, passou por atualização, com adaptações para o contexto da UnB, tendo em vista a necessidade de ações específicas de vigilância em saúde diante da pandemia de covid-19. Logo, ao baixar o app, o usuário contribui para que pesquisadores e profissionais da saúde consigam identificar um padrão epidemiológico do novo coronavírus no Distrito Federal.

Iniciativa estimula a vigilância participativa em saúde na UnB. Imagem: Divulgação

 

DESEMPENHO – Segundo informações fornecidas pela equipe de vigilância do Guardiões da Saúde, entre maio e setembro deste ano, 20.382 usuários foram registrados; desse número, 79% (16.189) dos usuários fazem parte da comunidade acadêmica.

 

Os estudantes da UnB compõem o maior grupo entre os que aderiram ao app, que conseguiu alcançar pouco mais de 50% dos 39.600 mil discentes da Universidade (dados de 2019). Segundo José Iturri, professor de Saúde Coletiva da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e coordenador da equipe de comunicação do projeto Guardiões da Saúde, a meta é chegar aos 25 mil usuários até outubro deste ano.

Na coordenação da equipe de comunicação do projeto, o professor José Iturri vislumbra como meta 65% de adesão diária ao aplicativo. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

“O problema principal do app, desde sua criação e nas suas versões anteriores (divulgadas para o público em geral), é a perda da adesão. As pessoas instalam e, poucas semanas depois, param de informar os dados. Com isso, ele perde sua efetividade como ferramenta de vigilância epidemiológica de uma população”, pondera o professor. O projeto conta ainda com uma equipe de desenvolvimento/tecnologia da informação.

 

A disciplina Vigilância Epidemiológica Comunitária e Participativa foi criada para solucionar o problema e manter a adesão ao aplicativo. Assim, os quatro créditos oferecidos pela disciplina são uma forma de incentivar a colaboração dos estudantes para o monitoramento da doença no DF.

 

“Neste momento, nossa adesão diária é de quase 60%; essa é a proporção de usuários que enviam um reporte diário hoje. Nossa meta é manter o número e, se possível, chegar a 65% de adesão”, complementou José Iturri.

 

CONTRIBUIÇÕES – Ao adotar a ferramenta, estudantes, bem como docentes e técnicos administrativos da Universidade, tornam-se sujeitos ativos na promoção da própria saúde. O aplicativo coleta dados, registrados pelo próprio usuário, sobre gênero, raça e sintomas diários. A equipe de vigilância do app divulga semanalmente boletins epidemiológicos com o perfil de cada grupo de usuários.

 

Os responsáveis pela vigilância consideram que o delineamento dos dados contribui para o monitoramento da saúde pública, de modo que os serviços de saúde e da instituição de ensino se antecipem a eventuais surtos e elaborem planos de contingência.

Gráfico mostra percentual de usuários do aplicativo por gênero. Imagem: Divulgação

 

Esses dados também auxiliam a análise de proporção de usuários sintomáticos por região administrativa do Distrito Federal, o que contribui para avaliação dos riscos de contrair a doença em cada local e acompanhamento da evolução da pandemia da covid-19 na localidade.

 

Desta forma, o app ajuda a detectar surtos de covid-19 em tempo oportuno, informa como está a situação de saúde da comunidade de diversos locais e é um canal de vigilância que atua para promover a educação em saúde.

 

ACOMPANHE – Para ter mais informações sobre o Guardiões da Saúde, acesse https://linktr.ee/guardioesdasaude ou o perfil do app nas seguintes redes sociais: Instagram, Twitter e Facebook. É possível receber lembretes com informações pelo Telegram e WhatsApp.

 

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ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.