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Novidade foi divulgada durante aula inaugural da pós-graduação. Prazo para envio de propostas vai até 15 de abril

 

Mesa de abertura contou com a decana de Pós-Graduação, Adalene Moreira, a reitora Márcia Abrahão e o vice-reitor Enrique Huelva. Foto: Heloíse Corrêa/Secom UnB

 

Mais de R$ 12 milhões em recursos estão previstos na primeira chamada do edital Capes PrInt UnB 2019. O montante integra os mais de R$ 34 milhões com os quais a UnB foi contemplada pelo Programa de Internacionalização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para o quadriênio 2019-2022.

 

Tendo o planeta Terra como temática central, a proposta está dividida em seis tópicos relacionados às diferentes dimensões do globo terrestre, que está em constante processo de transformação, seja por fenômenos naturais em curso, seja por ações antrópicas.

 

“O Capes PrInt foi um desafio muito grande, que nos obrigou a repensar nossa dinâmica e sair da caixa tradicional disciplinar. O programa nos instigou a atuar de modo mais integrado”, sintetizou a decana de Pós-Graduação (DPG), Adalene Moreira, durante lançamento do edital na aula inaugural da pós-graduação, realizada nesta segunda-feira (18).

 

Ao todo, podem participar os 30 programas de pós-graduação da Universidade, que possuem as três melhores notas atribuídas pela Capes (5, 6 ou 7). A chamada é voltada especialmente para bolsas de mobilidade internacional, mas também destina R$ 990 mil para missões de trabalho no exterior. Todos os detalhes estão disponíveis no site do decanato. As propostas devem ser submetidas até o dia 15 de abril e a expectativa é que o resultado seja divulgado no dia 8 de maio.

 

Em sua exposição, Adalene também destacou a excelência da UnB e sua inserção no cenário internacional, com mais de três mil acordos e projetos com universidades e centros de pesquisa estrangeiros. “Vinte por cento do corpo docente da Universidade é composto por bolsistas de produtividade do CNPq, o que é bastante expressivo no contexto brasileiro”, frisou.

 

Diretora de Relações Internacionais (DRI) da Capes, Concepta Pimentel informou que pelo menos metade do orçamento da DRI é voltado para o Capes PrInt. “A ideia é dar mais responsabilidade e autonomia às instituições, mas para isso as universidades precisam reafirmar sua missão e definir estratégias para planejamento da pós-graduação.”

 

Nas palavras de Concepta, que também é professora da UnB, o órgão de financiamento irá cobrar compromisso institucional. Para isso, foi criado um comitê de acompanhamento que já visitou metade das instituições agraciadas no programa de internacionalização. Além das 25 propostas aprovadas inicialmente, outros 11 pedidos de revisão foram aceitos, totalizando 36 universidades brasileiras.

 

“As universidades precisam ser mais proativas na questão da internacionalização, criando suas parcerias institucionais estratégicas a partir de seus temas prioritários, para que possam avançar e obter reconhecimento mundial em determinada área”, apontou. Nesse sentido, a diretora ressaltou que a autoavaliação é fundamental para investir onde há condições para competir. Em sua opinião, a ciência deve ser orientada para três diferentes dimensões: a prática, a diplomacia e a política.

 

PROJETO CONTÍNUO – A cerimônia foi também oportunidade para apresentar o Plano de Internacionalização da UnB. “Este é o primeiro plano da Universidade nessa área em quase seis décadas. Trata-se de um assunto norteador para o futuro da instituição, que transcende a própria gestão atual”, definiu o vice-reitor Enrique Huelva.

Enrique Huelva é o presidente da Comissão Permanente de Internacionalização. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

Com quase cem ações de internacionalização distribuídas em 24 objetivos, o documento perpassa a Universidade como um todo (ensino, pesquisa, extensão, inovação e gestão). Dessa forma, de acordo com o vice-reitor, já foi possível identificar alguns efeitos desde sua aprovação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, em abril de 2018.

 

“Pelo menos quatro consequências podem ser consideradas: o uso de dados e outras métricas bibliométricas de impacto mundial, como o Scival; a conscientização capilarizada em todos os setores; o reconhecimento de políticas integradas, que chamo de nuclearização; e a avaliação da eficiência a partir de indicadores”, detalhou.

 

Outro ponto destacado refere-se às políticas linguísticas da UnB. Entre as propostas de ações, estão a capacitação de professores para oferta de disciplinas em língua estrangeira e a emissão de declarações em inglês.

 

A reitora elogiou os esforços para a integração entre as diferentes áreas do conhecimento que resultaram no edital e também agradeceu ao Comitê Gestor do Capes PrInt na UnB. Integrante do comitê, o professor Francisco Assis, da Faculdade de Ciências da Saúde (FS), acredita que a graduação também será beneficiada com a internacionalização. “De forma direta, por meio dos alunos de iniciação científica, e indiretamente com outros graduandos.”

 

Para o docente, já está comprovado que a interação científica fora do ambiente melhora muito a qualidade da pesquisa, dos seus resultados e de sua publicação. “As universidades mais ricas têm inúmeros parceiros fora do país, e é preciso potencializar isso nas instituições menos favorecidas, como as do Brasil.” 

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