AUTOAVALIAÇÃO

Redução da evasão e promoção da internacionalização são pontos de destaque. Informações orientam desenvolvimento de estratégias e políticas institucionais

 

Relatório apresenta balanço positivo das ações executadas em 2018. Clique na imagem para acessar. Arte: Camila Diniz/Secom UnB

 

Como a Universidade de Brasília evoluiu em 2018? Como estão seus indicadores de desempenho? Quais medidas necessitam ser implementadas para aprimorar a qualidade da instituição? Essas são algumas das reflexões elucidadas no Relatório de Autoavaliação Institucional – Ano Base 2018. Elaborado pelo Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) e pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), o documento reúne informações sobre ações, atividades e processos referentes ao último exercício, com o intuito de oferecer um diagnóstico geral para acompanhamento da situação da UnB.

 

Importante instrumento de conhecimento da Universidade, a autoavaliação é também norteadora no desenvolvimento de estratégias e na proposição de melhorias para fortalecimento institucional. “O relatório avalia todas as dimensões da Universidade e apresenta sugestões de melhorias para 2019, servindo como reflexão para que as transformações necessárias aconteçam, a partir do processo de autoavaliação”, aponta a presidente da CPA, Cláudia Griboski.

 

Esta versão do documento traz uma novidade. Além de avaliar os eixos Políticas Acadêmicas e Políticas de Gestão, já previstos para acompanhamento neste ano no Plano de Autoavaliação da Universidade no triênio 2017-2019, foram incorporados os demais recomendados no Sistema Nacional de Avaliação (Sinaes). A mudança de enfoque teve por objetivo ampliar a visão sobre a análise e oferecer mais elementos para a avaliação da instituição em seu atual processo de recredenciamento junto ao Ministério da Educação (MEC). O instrumento valida a continuidade da oferta de cursos no ensino superior.

 

Iniciado em julho de 2018, o recredenciamento, previsto por lei, envolve o envio de formulários com dados referentes às políticas de ensino, pesquisa, extensão, à infraestrutura, aos corpos técnico, docente e discente, entre outros aspectos referentes a atividades acadêmicas. A próxima etapa consiste na recepção de visita in loco de avaliadores do MEC para comprovação das informações prestadas.

 

Andrea Cabello reforça a importância do engajamento de toda a Universidade para o bom andamento do processo. “No momento, aguardamos a avaliação presencial e, por isso, contamos com a colaboração intensa de toda a comunidade universitária para garantir que o conceito institucional recebido pela UnB ao fim desse processo seja o máximo, dada a excelência de nossas atividades”, enfatiza.

 

BALANÇO – Em 2018, todas as ações propostas pela CPA no plano de melhorias para o ano foram executadas integralmente, fato comemorado pela presidente da comissão. “O plano de melhorias apresentado é resultante de uma análise de ações de relatórios anteriores. Consideramos positivo que a Universidade tenha implementado ações em decorrência dos resultados da avaliação institucional”, reconhece Cláudia Griboski.

Índices de evasão (quando o aluno se desliga do curso antes da conclusão) estão melhores hoje que há 18 anos. Foto: Isa Lima/Secom UnB

 

Esse é apenas um dos êxitos listados no último relatório. No eixo Planejamento e Avaliação Institucional, a queda na evasão entre 2001 e 2017 é um dos destaques. Os dados divulgados apontam que, em 2001, a taxa era de 8,53%; já em 2017, passou para 7,93%, segunda menor da série histórica. A menor taxa registrada foi em 2004, com 7,52%, enquanto a maior compreende o ano de 2011, com 11,73%.

 

Outro ponto positivo é a ampliação do envolvimento da comunidade no Programa AvaliaUnB. Parte das iniciativas previstas no Plano de Autoavaliação Institucional, o projeto inclui a realização de visitas programadas às unidades acadêmicas, com o intuito de expandir o diálogo da gestão com a comunidade e discutir os resultados das avaliações externas dos cursos. “Quanto melhores os dados que disponibilizamos, mais as unidades percebem que podem atuar com o uso deles. É um compromisso nosso fornecer informação útil e de qualidade”, destaca a diretora da DAI.

 

O documento enumera ainda avanços significativos em Desenvolvimento Institucional. Expandir as fronteiras da Universidade em nível global tem sido uma das principais metas para os próximos anos. Tal perspectiva tem se consolidado com a elaboração, em 2018, do inédito Plano de Internacionalização da UnB e a seleção no Programa Institucional de Internacionalização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes PrInt). “Nossos esforços estão cada vez mais ativos para integrar a internacionalização no dia a dia das políticas”, observa Cabello.

 

Ações de responsabilidade ambiental também têm sido priorizadas pela instituição. Em 2018, a Assessoria de Sustentabilidade Ambiental, ligada ao gabinete da Reitoria, iniciou a implantação do Plano de Logística Sustentável (PLS). O documento abrange iniciativas diversas para promoção de boas práticas ambientais.

 

VOZ ATIVA – Somam-se às informações disponíveis no relatório os resultados da Consulta à Comunidade Acadêmica de 2018. Conduzida anualmente pela CPA, a pesquisa, realizada em plataforma on-line, coleta a opinião de discentes, docentes e técnicos administrativos sobre questões essenciais ao funcionamento da Universidade e incentiva o envolvimento da comunidade na sugestão de mudanças para avanço na qualidade acadêmica.

 

A segurança foi um dos aspectos considerados urgentes para introdução de melhorias. Mais de 50% dos discentes que responderam à pesquisa relataram estar insatisfeitos com as instalações sanitárias, iluminação pública e segurança nos campi. Os itens também tiveram percepção negativa por parte dos docentes. Na análise das respostas, foi diagnosticada a necessidade de expandir a participação da comunidade nas decisões acerca das políticas de gestão da Universidade.

 

Por outro lado, a pesquisa aponta resultados positivos em políticas acadêmicas. A avaliação dos discentes demonstra que a maioria (46,2%) acredita na contribuição de atividades de extensão, iniciação científica, monitoria e eventos científicos para sua formação. 

Participação da comunidade na consulta pública sobre os rumos da Universidade produz efeitos. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

A consulta registrou evolução no número de participações nos três segmentos acadêmicos. Entre docentes e técnicos administrativos, a quantidade de respondentes superou a das edições anteriores: no ano passado, foram 792 e 821, respectivamente, crescimento superior a 70% para ambos os grupos. Os discentes (1.940) também tiveram maior representação, com aumento em 67% do número de respondentes.

 

Cláudia Griboski elogia o avanço. “A participação da comunidade acadêmica tem se consolidado cada vez mais. Fazemos um levamento de satisfação em relação às ações e serviços da universidade, questionando como elas são percebidas. Os resultados dão subsídio para o nosso plano de melhorias”, afirma.

 

NORTEADOR – Além de trazer um balanço das ações do ano, o documento apresenta uma lista com sugestões de melhorias para subsidiar a gestão na tomada de decisões. Entre elas, estão o acompanhamento das metas do Plano de Internacionalização, da implantação do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH) e das soluções para os problemas de infraestrutura da Biblioteca Central.

 

Também foram propostas a análise do desempenho dos programas de pós-graduação nas avaliações quadrienais da Capes e o fortalecimento do Fórum de Autoavaliação, instância para discussão ampla do processo autoavaliativo da Universidade, com participação de toda a comunidade.

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