CELEBRAÇÃO

Prédio leva nome de Luis Cruls, astrônomo, engenheiro e geólogo, ex-professor de D. Pedro II, que em 1892 explorou e estudou a área onde hoje é Brasília

Foto: Luis Gustavo Prado / Secom UnB

 

A Universidade de Brasília inaugurou, nesta quinta-feira (20), o Observatório Astronômico Luis Cruls, na Fazenda Água Limpa (FAL). Equipado com um moderno telescópio de médio porte – Meade D=40cm f/10 –,  o local será utilizado para estimular o ensino de Física entre alunos, apoio para disciplinas da área na Universidade e pesquisas da pós-graduação.

 

A construção do observatório começou em 2004 e terminou em 2007, no entanto, ele não foi inaugurado por dificuldades com a finalização da cúpula. “Ele nunca operou como devia, mas com essa revitalização terminamos a cúpula e colocamos um telescópio adquirido com recursos da UnB, FAP-DF e CNPq”, explica o coordenador do Laboratório de Física de Plasma e do Observatório Astronômico da UnB, José Leonardo Ferreira.

 

Na solenidade de abertura, Ferreira agradeceu a todos os que participaram do projeto e observou que o trabalho para conseguir ter o observatório começou em 1998. “É uma missão cumprida, é algo muito grande, fico muito feliz pelo apoio fantástico que tivemos de todos os envolvidos”, afirma o coordenador. Ele foi agraciado com uma placa em homenagem ao esforços em construir o observatório.

Foto: Luis Gustavo Prado / Secom UnB

 

“Esperamos receber escolas do ensino público e despertar nos estudantes o gosto pela Física, como aconteceu comigo quando era novo. Entrei na UnB em 1974 como discente e tive contato com um observatório que existia onde hoje é o postinho. A partir daí, soube o que queria fazer”, conta o professor.

 

“As universidades têm formado cada vez menos pessoas em determinadas áreas e Física é uma delas. Fico extremamente satisfeita de saber que temos a chance de estimular o interesse por essa disciplina”, pontuou a vice-reitora Sônia Báo.

 

Entre os trabalhos que devem ser desenvolvidos no local, está a observação do sistema solar para rastreio de asteroides perigosos e cometas. “Poderemos inclusive participar de observações com pesquisadores de outras universidades. Pretendemos implantar o Programa de Pós-Graduação e Centro de Pesquisas em Ciências do Espaço e da Terra com professores de áreas afins”, completa José Leonardo.

 

O professor pretende ainda propor uma nova disciplina da área de Astronomia para o segundo semestre de 2017 e implantar um mini rádio-telescópio, que já tem recursos aprovados para aquisição.