TERCEIRIZAÇÃO

Com licitações em andamento, cerca de dez atividades estão paralisadas. Expectativa é de que haja profissionais trabalhando antes do início do semestre letivo

Foto: Roberto Fleury/Secom UnB


Com a maioria das licitações em fase externa, o Decanato de Administração (DAF) prevê que as homologações estejam concluídas até setembro. Para evitar prejuízos ao semestre letivo, a partir da semana que vem, serão firmados contratos emergenciais de serviços considerados essenciais. A interrupção temporária das atividades durante o período de férias foi um passo planejado pela administração da Universidade, com intuito de reduzir impactos à comunidade.

 

Segundo o decano de Administração, Luís Afonso Bermudez, os setores da UnB começaram a enviar suas demandas por cargos e serviços ainda no início de 2015. Desde então, as bases dos novos acordos vêm sendo elaboradas.

 

A quantidade de serviços paralisados se deve ao fato de os acordos anteriores estarem concentrados em um único documento. O contrato de serviços de manutenção de estruturas em geral, por exemplo, abrangia atribuições de diferentes áreas, como pintura, alvenaria, serralheria e outros. Nos novos termos, cada lote de atividades corresponde a um edital específico.

Ilustração: Anna Soares/Secom UnB
Ilustração: Anna Soares/Secom UnB


No caso dos serviços de apoio técnico e manutenção, parte dos trabalhos sequer voltará a ser terceirizada, já que a Universidade possui efetivo próprio para atender às demandas. Além disso, a alteração na forma de contratações em algumas atividades – de postos para serviços – é um elemento novo a ser absorvido tanto pela Universidade, na elaboração dos documentos, quanto pelas prestadoras interessadas.

 

“Percebemos que, dessa vez, as empresas tiveram mais dúvidas quanto às exigências dos contratos. Por causa da qualidade demandada, o processo se torna mais demorado agora, para não gerar problemas mais tarde”, explica Bermudez.

 

De acordo com o gestor, até mesmo futuras licitações serão beneficiadas pelos termos de referência que estão sendo produzidos. “Os servidores que trabalham com compras e licitações têm demonstrado grande empenho em produzir um trabalho duradouro”, destaca.

 

REESTRUTURAÇÃO – O prefeito dos campi, Marco Aurélio Oliveira, conta que o processo de reformulação em curso começou por áreas prioritárias, como limpeza, portaria e vigilância desarmada. Segundo Oliveira, estes serviços eram regidos por contratos emergenciais renovados de forma inadequada.

 

“Era necessário ajustar esses acordos, fizemos isso com a Universidade funcionando, ao mesmo tempo em que buscamos melhorar os serviços prestados. Agora queremos estender a qualidade a outras atividades, sempre dentro do que a instituição consegue pagar”, diz.

 

Bermudez e Oliveira concordam que o entendimento da comunidade universitária a respeito destas ações é parte fundamental no processo. “A comunidade tem compreendido que atravessamos um momento de transição, demonstrando paciência mesmo quando seria razoável reclamar da falta de serviços”, elogia o prefeito. “O importante é ter em vista o objetivo de eficiência em custos e qualidade de serviços que queremos atingir”, completa.

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