PALESTRA

Como parte do projeto n-Futuros, embaixadores falam sobre o livro do escritor inglês Thomas More

 

Na última terça-feira (17), o atual embaixador do Reino Unido no Brasil, Alex Ellis, e o escritor, embaixador e ex-professor da UnB, João Almino, participaram de palestra no auditório da Reitoria para comentar os "500 anos de A Utopia e a necessidade de Utopia no século XXI”.

 

O embaixador Alex Ellis destacou o momento histórico em que a obra do escritor humanista Thomas More se passa, o século XVI. Época em que a Inglaterra possuía uma alta taxa de criminalidade, uma Justiça baseada em opiniões religiosas e um sistema monárquico que explorava trabalhadores, de forma a abrir grande lacuna social.

Foto: Beatriz Ferraz/Secom UnB

 

O conteúdo do livro foi abordado pelo embaixador João Almino, que leu seu texto intitulado “Utopia é ficção”. Almino discorreu sobre a trama e a importância da obra para a literatura mundial. O ex-professor também destacou a presença de Thomas More como três personagens diferentes: narrador, vivente da sociedade da época e o presente na sociedade utópica. “É um clássico que pode ser reinventado a cada leitura”, conta o diplomata.

 

A palestra foi organizada pelo Núcleo de Estudos do Futuro (n-Futuros/CEAM). Além dos dois embaixadores, compuseram a mesa do evento o decano de Pesquisa e Pós-graduação, Jaime Santana, e os professores Isaac Roitman e Marcos Formiga, do n-Futuros.

 

A OBRA - Utopia pode ser conceituado como lugar que não existe ou lugar feliz que não existe. Em “A Utopia”, de Thomas More, em um primeiro livro, o autor critica a sociedade inglesa do século XVI e, no segundo livro, descreve um reino imaginário situado em uma ilha onde vive uma sociedade ideal, oposta à da Inglaterra da época. A obra inspirou socialistas do Século XIX, como Pierre Proudhom, Charles Fourier, Robert Owene Saint-Simon, que ficaram conhecidos como socialistas utópicos por lutarem por uma sociedade parecida com a descrita por More.

 

N-FUTUROS - O projeto teve início em 2010, sob as primeiras diretrizes de quatro professores de diferentes áreas da Universidade com o intuito de incentivar ações inovadoras que levem o conhecimento acadêmico à sociedade. Outro objetivo do projeto é antever e então planejar possíveis cenários que a sociedade possa vivenciar.

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