CIÊNCIA

Nove trabalhos destacaram-se no 25º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 16º do Distrito Federal, que reuniu mais de 2.400 pôsteres

Cerca de 600 pessoas compareceram à cerimônia de premiação, que contou com a presença dos jovens cientistas, mas também de professores e familiares. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Mais de 2.400 pôsteres apresentados em três dias de evento, com a participação de mais de 4 mil jovens pesquisadores e docentes do DF e Entorno. Esse foi o saldo do 25º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 16º Congresso de Iniciação Científica do Distrito Federal que realizou, nesta quinta-feira (17), a cerimônia de premiação dos trabalhos.

 

Com auditório lotado, o público, formado também por familiares dos estudantes, pôde conferir a listagem dos quase 500 agraciados com menção honrosa. A solenidade também marcou a entrega dos prêmios de destaque a nove projetos. Além do ensino médio e da graduação, a edição 2019 incluiu uma nova categoria na premiação, específica para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).

 

>> Confira as listas dos agraciados com menção honrosa e dos indicados ao Prêmio Destaque

 

“O edital Pibiti tem uma característica bem específica, voltado para iniciativas que gerem protótipos, inventos, softwares, produtos ou processos que tenham uma inovação na pesquisa. Foi interessante porque tivemos muitos trabalhos originais, diferenciando-os dos projetos do Pibic [Programa de Iniciação Científica]”, comentou o diretor de fomento à iniciação científica da UnB, Sérgio Granemann.

 

Vale ressaltar que cada categoria premiou os melhores estudos em três grandes áreas do conhecimento: Artes e Humanidades; Exatas e Tecnológicas; Saúde e Vida. Outra novidade desse ano foi a inclusão de parceiros de fora do DF. De acordo com Sérgio Granemann, a expectativa é ampliar cada vez mais, pois outras instituições demonstraram interesse em participar.

 

Ao todo, sete instituições de ensino superior do DF e Entorno participaram: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Católica de Brasília (UCB), o Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), o Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), o Instituto Federal de Brasília (IFB), o Instituto Federal de Goiás – campus Águas Lindas (IFG/Águas Lindas) e o Centro Universitário Iesb (Iesb).

 

GRATA SURPRESA – Embora tivesse certeza de que estavam no caminho certo, a notícia da premiação foi recebida com muito entusiasmo pela professora Maria Montenegro, do UniCEUB: “O projeto foi muito além das minhas expectativas, esperava um reconhecimento, mas não o primeiro lugar no destaque do Pibic Júnior. As alunas do ensino médio desenvolveram as mesmas tarefas que os estudantes da graduação”.

Assessora de Pós-Graduação e Pesquisa do UniCEUB, Fernanda Vinhaes, entregou o certificado às premiadas: as alunas Amanda Andrade e Karla Batista e a professora Maria Montenegro. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Intitulado A violência na escola: diagnose e intervenção, o trabalho buscou contribuir para minimizar o problema de violência em escola pública, sendo realizadas 13 ações durante um ano. “Com o tempo, pudemos perceber os resultados, como a diminuição de práticas de bullying e o estímulo à reflexão dos alunos”, mencionou.

 

Para as estudantes de ensino médio do Centro Educacional Gisno, Karla Batista e Amanda Andrade, a experiência foi muito interessante e as motivou a buscar novas perspectivas no futuro. Amanda, por exemplo, diz que pretende atuar na área de Psicologia. “Eu nunca tinha imaginado participar de um programa de pesquisa, foi bom poder conhecer um pouco mais sobre a minha escola.”

 

Para Karla, foi uma forma de ver e lidar com os outros alunos sob outro prisma, e também desenvolver novas habilidades. “Eu vi que tenho capacidade para fazer o que eu quiser. Sou muito tímida, mas gosto de conversar com as pessoas e espero atuar no futuro com alguma profissão relacionada a isso”, disse.

 

Conheça os ganhadores do Prêmio Destaque do 25º Congresso de Iniciação Científica da UnB, o 16º do DF:

Cada uma das três áreas (Artes e Humanidades; Exatas e Tecnológicas; Saúde e Vida) teve um trabalho reconhecido nas três categorias (Ensino Médio; Tecnologia e Inovação; Graduação). Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

CARREIRA CIENTÍFICA – Estudante de Gestão do Agronegócio da Faculdade de Planaltina (FUP), Kelly da Luz já tinha participado do programa de iniciação científica antes, mas dessa vez ganhou o prêmio máximo do Pibiti na área de Artes e Humanidades. “Continuei na mesma linha de pesquisa com frutos do Cerrado, mas nesse trabalho desenvolvemos uma técnica de desidratação desses produtos”, sintetizou. 

 

Para a graduanda, que pretende futuramente ingressar no mestrado, o prêmio significa que o projeto “está surtindo efeito não apenas dentro da Universidade, mas especialmente nas comunidades rurais e tradicionais que tanto necessitam de ações na área de tecnologia com os insumos aos quais têm acesso”.

 

A experiência com o Pibic serviu para que Andressa Vieira Palmeira desenvolvesse novas habilidades que vão agregar a sua formação em Sociologia. “Eu aprendi na prática como aplicar questionário, fazer entrevistas e outras técnicas de pesquisa”, relatou a estudante premiada na categoria Graduação.

Reitora da UnB, Márcia Abrahão, recebeu da reitora do IFB, Luciana Massukado, a placa com a impressão a laser da logomarca do evento. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

IMPRESSÃO QUE FICA – Momento marcante da cerimônia foi a entrega de uma placa com o símbolo do maior congresso de iniciação científica do país. A ideia surgiu durante o evento, em setembro, quando um dos estudantes do Instituto Federal de Brasília apresentou trabalho de desenvolvimento de peças de impressão a laser.

 

“Isso foi desenvolvido no âmbito do programa Fábrica de Ideias Inovadoras (Fabin), que temos no IFB. O desafio proposto foi aceito pelo estudante.

 

Em menos de um mês, foi possível fazer a placa para esta cerimônia”, disse a reitora do Instituto, Luciana Massukado. O material consiste em uma impressão a laser da logomarca do Congresso, elaborada pela Secretaria de Comunicação da UnB.

 

Para o diretor Sérgio Granemann, é um marco significativo ter um objeto permanente produzido por um aluno de iniciação científica a partir de um conceito criado por servidores da Universidade. A reitora da UnB, Márcia Abrahão, disse que o gesto sinaliza a parceria consolidada entre as instituições do ensino superior.

 

“O congresso tem mostrado a importância de trabalharmos em rede. Cada universidade tem sua história e sua missão, mas só podemos avançar se unirmos esforços em prol de nosso objetivo em comum: a defesa da educação pública e de qualidade”, expressou.

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