INOVAÇÃO

Cerimônia comemorativa ocorreu na última quarta-feira (24) no campus Darcy Ribeiro

Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB


Pesquisadores, empresários e representantes do governo local se reuniram na última quarta-feira (24) na Universidade de Brasília para celebrar os 30 anos do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT).

 

“A Universidade precisa investir em inovação para não ficar obsoleta”, disse o diretor do CDT, Paulo Suarez, após relembrar a história do Centro.

 

Presente na cerimônia, o reitor Ivan Camargo parabenizou toda a equipe do CDT e o ex-diretor e atual decano de Administração, Luiz Afonso Bermúdez, que esteve, por mais de duas décadas, à frente do Centro. “O CDT é indispensável para a UnB e para a cidade de Brasília. Parabéns a todos pelos 30 anos."

 

O secretário-adjunto do Trabalho do Distrito Federal, Thiago Jarjour, destacou que empreender também é gerar empregos. “O CDT tem sido um grande parceiro. Brasília é uma das cinco cidades mais empreendedoras do país. Os líderes dos próximos 40 anos talvez despontem nesse ambiente de inovação."

 

Durante o evento, foi fechado contrato com duas novas empresas parceiras, a Brasal e a Gráfica Brasil. "A gente busca na universidade o conhecimento em pesquisa e gestão para aliar com a nossa experiência no mercado", disse o empresário Osório Adriano Neto.

 

Também estiveram presentes a vice-reitora Sônia Báo, o decano de Pesquisa e Pós-graduação, Jaime Santana, a decana de Extensão, Thérèse Hofmann, entre outros.

 

ÓLEO DE PEQUI – A ser lançado em breve no mercado, o óleo de pequi em cápsula é um exemplo bem-sucedido de produto desenvolvido com o apoio do CDT.

 

Com uma série de benefícios para a saúde, como prevenção de doenças degenerativas e redução da pressão arterial, o óleo é resultado de 18 anos de pesquisa em parceria com o setor privado.

 

Líder da pesquisa, o professor César Grisólia, do Instituto de Ciências Biológicas da UnB, defendeu mais agilidade na hora de transformar pesquisa em produtos e serviços.

 

“Tivemos o apoio da empresa e de agências de financiamento”, disse o pesquisador. "Mas é preciso melhorar o processo de transferência tecnológica".

 

“Até o registro na Anvisa, enfrentamos muita burocracia”, criticou o empresário Rogério Tokarski. “O setor privado tem pressa e a distância entre universidade e mercado ainda é grande”.

 

Diante dos desafios, a vice-reitora Sônia Báo falou sobre persistência. "Conseguimos fazer pesquisa, mas sem o setor empresarial não é possível inovar. Nunca desistir, temos que persistir", disse.