INGRESSO

Interessados têm até 16 de junho para se inscrever. Curso valoriza abordagem interdisciplinar e cooperação internacional

Foto: Júlio Minasi / Secom UnB

 

O mestrado acadêmico em Metafísica, inaugurado no início deste semestre letivo na Universidade de Brasília, se prepara para realizar a segunda seleção de estudantes. O edital está com inscrições abertas até 16 de junho. Ao todo, são ofertadas 20 vagas: dez para a linha de pesquisa Origens do Pensamento Ocidental e dez para Ontologias Contemporâneas.

 

O coordenador do programa, Gabriele Cornelli, explica que o curso foi formado a partir do trabalho desenvolvido ao longo de anos por diferentes grupos de pesquisa, de vários departamentos e programas de pós-graduação da Universidade de Brasília, e por professores que possuem formação e atuação inter, trans e multidisciplinar – embora a maioria esteja ligada à área de Filosofia.

 

“Trata-se de um programa metodologicamente plural, que quer enfrentar o desafio da integração dos saberes para pensar as questões e problemas tradicionais da Metafísica enquanto fio condutor da História da Filosofia. A ideia é, portanto, aquela de tomar o cerne metafísico do pensamento filosófico e abri-lo para a contribuição dos outros campos do saber”, explica Cornelli.

 

Gabriele Cornelli é o coordenador do novo Programa de Pós-graduação da UnB. Foto: Júlio Minasi / Secom UnB

Para sustentar as linhas de pesquisa oferecidas, que se articulam, entre si, o programa de pós-graduação conta com dois laboratórios: o de Metafísica e Pensamento Contemporâneo e o da Cátedra Unesco Archai sobre as Origens do Pensamento Ocidental. “Estes são pensados como lugares de interação efetiva entre docentes, pesquisadores e discentes. Os laboratórios constituem-se, assim, em espaços de colaboração na pesquisa, de organização do programa e de interação mais imediata dele com outras instituições, a começar pelas agências de fomento nacionais e internacionais”, destaca o coordenador.

 

Ele avalia que o novo curso da UnB é sólido e inovador, não só pela interdisciplinaridade de temas estudados, mas também pelo foco em cooperações internacionais e por seu quadro de professores experientes. “Apesar de se tratar de uma proposta nova, o corpo docente é francamente maduro: são 18 professores que, em conjunto, demonstram grande experiência em produção e orientação (com 195 trabalhos de conclusão de curso, 140 dissertações de mestrado, 45 teses de doutorado orientadas, entre outras). Além disso, o corpo docente possui formação e atuação acadêmica em mais de uma área”, explica Gabriele Cornelli, ao ressaltar que a proposta de criação do curso, quando submetida, foi rapidamente aceita pela Capes.

 

Desde o início, portanto, o programa de pós-graduação em Metafísica da UnB se comprometeu com a internacionalização. Dos 18 docentes, quatro atuam em universidades estrangeiras. Delfim Leão, professor e pesquisador do Instituto de Estudos Clássicos e do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra (Portugal), é um deles.

 

Delfim Leão é professor da UnB e da Universidade de Coimbra. Foto: Júlio Minasi / Secom UnB

“Hoje em dia é muito claro que a ciência não pode ser feita apenas de forma isolada, e o impacto e a disseminação dessa ciência dependem cada vez mais do trabalho em rede e da colaboração e confluência de múltiplas disciplinas”, afirma Leão. Ele destaca as vertentes interdisciplinar e internacional como pontos fortes do programa da UnB. “Além da forma de conceber o programa e o ensino, das dinâmicas de atração de estudantes e da maneira de potencializar a sua pesquisa”, acrescenta o docente.

 

COLABORAÇÃO REGIONAL - A pós-graduação em Metafísica da UnB também se preocupa com a inserção regional do programa, que hoje integra a Rede CO3 (Rede Centro-Oeste de Pesquisa e Ensino em Arte, Cultura e Tecnologias Contemporâneas). Ela tem como base o reconhecimento da necessidade de colaboração interinstitucional entre programas de pós-graduação do Centro-Oeste.