INTEGRAÇÃO

Onze iniciativas gratuitas seguem até o fim deste semestre em todos os campi

 

Quando a estudante de Ciências Sociais Rosânia Oliveira começou a frequentar o diretório Quilombo, na Universidade de Brasília, teve o primeiro contato com a obra da escritora Conceição Evaristo. Foi em 2016, quando a autora veio a Brasília a convite do diretório para discutir o livro Ponciá Vicêncio, romance sobre a identidade negra.

A partir daí, Rosânia foi adquirindo outras obras relacionadas, em feiras literárias e na livraria da Editora UnB. Agora, a aluna é uma das selecionadas pela Diretoria Organizações Comunitárias, Cultura e Arte (Docca/DAC) para ministrar oficinas comunitárias. O tema, é claro, tem a ver com sua vivência. A partir do dia 14 de setembro, Rosânia conduz a oficina de literatura Escrevivências – da inspiração à produção na perspectiva de Conceição Evaristo.

“Ela é uma autora muito importante, mas pouco lida entre a gente, então achei que era uma forma de torná-la lida entre todos os estudantes da graduação, sobretudo entre os universitários negros”, explica Rosânia. Os encontros acontecem na Faculdade UnB Planaltina (FUP).

As estudantes Renata Santos e Rosânia Oliveira vão ministrar a oficina Escrevivências – da inspiração à produção na perspectiva de Conceição Evaristo. Foto: Júlio Minasi/DEL-DAC

 

Viabilizada pelo edital Programa de Oficinas Comunitárias (POC) da Docca, lançado em 2017, a oficina é uma forma de conjugar ações que vêm acontecendo pelo Distrito Federal e Entorno, de mulheres que se reúnem para pensar cadernos literários e também suas produções a partir da literatura da Conceição Evaristo.

“Eu estou com expectativas muito boas, porque já conseguimos comprar a obra toda com o recurso e já fechamos a programação com as convidadas, que são pesquisadoras ou mulheres que escrevem na perspectiva de Escrevivências”, conta a estudante, utilizando o termo cunhado pela escritora mineira.

OUTRAS ATIVIDADES Um total de 11 oficinas comunitárias acontecem durante o segundo semestre de 2018 nos quatro campi da UnB: Darcy Ribeiro, Ceilândia, Gama e Planaltina. As atividades são gratuitas e estão com inscrições abertas, para pessoas da própria comunidade acadêmica e para o público externo à UnB. Estudantes que participam do programa de assistência têm prioridade.

As inscrições são feitas por meio de formulário on-line ou presencialmente. “A proposta é oferecer atividades continuadas ao longo do semestre nas mais diversas áreas como alternativa para outros conhecimentos e lazer”, afirma Brenda Oliveira, diretora da Docca.

O recurso para o financiamento dos trabalhos vem do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Os ministrantes das oficinas são 18 bolsistas, estudantes com estudo socioeconômico junto à Diretoria de Desenvolvimento Social (DDS/DAC).

“As atividades dão o protagonismo aos proponentes, valorizando o conhecimento que os estudantes já trazem, que não necessariamente tenha relação com a área de formação deles”, diz Brenda. “Os oficineiros vêm com o conhecimento e a vontade de compartilhar, com o senso de comunidade”, completa.

A programação das atividades de 2018 está disponível no site da Docca. Conheça e participe!

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