As ações da Universidade de Brasília vão estar ao alcance de 47 milhões de telespectadores em todo o país. Encontro, na manhã desta terça-feira (10), no Salão de Atos da Reitoria, deu encaminhamento a acordo firmado no segundo semestre do ano passado entre a Universidade e a Fundação Roberto Marinho, mantenedora do canal educativo Futura. “Quero ver a UnBTV no Futura e vice-versa”, disse o reitor Ivan Camargo. “Essa parceria abre muitas possibilidades. A UnB, por suas características e localização geográfica, é estratégica”, avaliou o diretor adjunto do Futura, João Alegria.
A reunião ratificou a UnBTV e a Faculdade de Comunicação (FAC) como interlocutoras com o Futura e discutiu possíveis temas para abordagem. O gestor do canal informou que as atividades acadêmicas de ensino e pesquisa são fontes valiosas para a programação. Entretanto, as ações comunitárias são as mais alinhadas ao perfil da emissora. “Temos tido excelente relação com a extensão universitária. Por meio dela, conseguimos dar visibilidade a projetos locais relevantes”.
A cooperação com a UnB inclui o compartilhamento de conteúdo, iniciativas educacionais e produções conjuntas. Também abre espaço para ações de capacitação e estágio. “Esse acordo é de fundamental importância por agregar valor ao nosso trabalho e dar visibilidade ao que produzimos”, disse a diretora da UnBTV, Neuza Meller.
A Universidade é a maior das 38 instituições de ensino superior em parceira formal com o Futura. No ar desde 1997, o canal tem como missão a “formação educacional da população, desenvolvendo as capacidades básicas da criança, do jovem, do trabalhador e de toda a sua família”. A programação inclui atrações infantis, jornalísticas e de variedades. De acordo com os gestores da emissora, o público assiste ao canal, em média, seis horas por semana. Dos telespectadores frequentes, dois milhões trabalham com educação.
PAUTAS DA UNIVERSIDADE – As intervenções durante a reunião deram o tom da importância da parceria para a UnB. “Estou entusiasmado. Temos uma lacuna grande para a divulgação de ciência”, disse o decano de Pesquisa e Pós-Graduação, Jaime Santana. “Todas as atividades que desenvolvemos, entre elas as das questões de diversidade, podem ser abrangidas”, afirmou a decana de Assuntos Comunitários, Denise Bomtempo.
Responsável pelo Decanato de Extensão, Thérèse Hofmann disse que projetar as produções da comunidade é indispensável. “Hoje em dia, se você não registrou, você não fez”, disse em relação à importância das mídias. Mauro Rabelo, decano de Ensino de Graduação, falou da possibilidade de anunciar programas como o Pibid, que estimula a formação de docentes.
O diretor da Faculdade de Comunicação, David Renault, avaliou que o potencial da parceria é “muito grande para explorar áreas multidisciplinares”. O diretor João Alegria explicou que o Futura mantém um núcleo de relações com universidades para aprofundar os diálogos com os parceiros. Segundo ele, o importante para o canal não é o “hard News”, mas “contar boas histórias para mudar o mundo”.