CINECAL

Serão apresentados filmes que retratam manifestações de ódio e intolerância, por questões étnicas, religiosas, de classe ou políticas


Dez filmes realizados entre 1974  e 2012, que tratam de manifestações de ódio e intolerância, por questões étnicas, religiosas, de classe ou políticas,  serão exibidos dentro da programação do Cinema da Casa da Cultura da América Latina (CineCAL), em março. Com classificação indicativa a partir de 14 anos, os filmes contam histórias preocupantes e cruéis, fictícias ou reais, em ambientes públicos e privados.

 

Dia 1º/3 (terça-feira)

 

Uma garrafa no mar de Gaza (Canadá, Franca, Israel). Direção de Thierry Binisti, 2012, 100 min. Uma jovem francesa de 17 anos que mora em Jerusalém com sua família, após a explosão de um camicase num café de seu bairro, escreve uma carta a um palestino imaginário, na qual exprime suas interrogações e se recusa a admitir que só o ódio possa reinar entre os dois povos. Ela coloca a carta em uma garrafa que joga no mar, perto de Gaza.  Algumas semanas depois, recebe uma resposta de um misterioso "Gazaman". Classificação: 14 anos

 

Dia 3/3 (quinta-feira)

 

Eu matei minha mãe (Canadá). Direção de Xavier Dolan, 2012, 96 min. Semiautobiográfico, o filme conta a história do conflituoso relacionamento entre um adolescente e sua mãe. Mistura explosiva de amor, paixão e ódio letal entre os dois. Classificação: 16 anos

 

Dia 8/3 (terça-feira)

 

De volta para casa (França). Direção de Frédéric Videau, 2012, 91 min. Quando criança, Gäelle é sequestrada por Vincent no pátio da escola. Em oito anos de clausura, o ódio inicial desaparece, e eles acabam desenvolvendo uma estranha relação de dependência um do outro. Classificação: 14 anos

 

10/3 (quinta-feira)

 

O medo devora a alma (Alemanha). Direção de Rainer Werner Fassbinder, 1974, 93 min. Uma viúva de 60 anos entra em um bar de Munique para escapar da chuva. Lá, um homem a convida para dançar. Os dois passam a noite juntos e começam a namorar. Ele é negro, mulçumano e vinte anos mais novo. Logo, todos começam a questionar e desprezar o envolvimento de ambos. Classificação: 16 anos

 

15/3 (terça-feira)

 

O ódio (França). Direção de Mathieu Kassovitz, 1995, 97 min. Filmado no estilo cinema-verdade, o filme acompanha um dia na vida de três jovens alienados, propensos à violência, que moram no mesmo conjunto habitacional de Paris: um é judeu; outro, norte-americano e outro, negro. Classificação: 16 anos

 

17/3 (quinta-feira)

 

Ódio (Brasil). Direção de Carlo Mossy, 1977, 121 min. Um advogado idealista de esquerda defende a tese de que os criminosos são vítimas da sociedade e merecem ser defendidos do Direito Penal, "arma dos poderosos" contra os fracos e oprimidos da sociedade. Porém, tudo muda quando ele vai visitar sua família no Rio de Janeiro. Classificação: 16 anos

 

22/3 (terça-feira)

 

Lemon Tree (França e Israel). Direção de Eran Riklis, 2008, 106 min. Uma viúva palestina vê sua plantação ser ameaçada quando seu novo vizinho, o ministro de Defesa de Israel se muda para a casa ao lado. A Força de Segurança Israelense logo declara que os limoeiros  dela colocam em risco a segurança do ministro, e por isso precisam ser derrubados. Ela leva o caso à Suprema Corte de Israel,  para tentar salvar a plantação. Classificação: 14 anos

 

24/3 (quinta-feira)

 

Cinco câmeras quebradas (Palestina, França e Israel). Direção de Emad Burnat e Guy Davidi, 2012, 90 min. Em 2005, um agricultor palestino que vive em Bil´in, na Cisjordânia, comprou uma câmera  para acompanhar o crescimento de seu filho Gibreel. Quase ao mesmo tempo em que a criança dá seus primeiros passos, o exército israelense constrói uma barreira entre Bil´in e um assentamento de colonos judeus. As gravações, de caráter familiar, passam a documentar os protestos dos moradores da região palestina contra o bloqueio, originando o documentário. Classificação: 14 anos

 

29/3 (terça-feira)

 

Libertem Angela Davis (EUA). Direção de Shola Lynch, 2012, 97 min. O documentário retrata a vida de Angela Davis, uma professora de filosofia nascida no Alabama e conhecida por seu profundo engajamento em defesa dos direitos humanos, que, nos anos 1970, ao defender três prisioneiros negros, é acusada de organizar uma tentativa de fuga e sequestro, que levou à morte de um juiz e quatro detentos. Classificação: 14 anos

 

31/3 (quinta-feira)

 

Jardim das folhas sagradas (Brasil). Direção de Pola Ribeiro, 2011, 90 min. Longa de ficção construído a partir de Bonfim, um bancário bem sucedido, negro e bissexual, casado com uma mulher branca e de crença evangélica. Ele vive na Salvador contemporânea e recebe a incumbência de montar um terreiro de candomblé no espaço urbano. Para isso, enfrentará a especulação imobiliária numa cidade de crescimento vertiginoso, o preconceito racial e a intolerância religiosa. Classificação: 14 anos

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