RECONHECIMENTO

Diploma reconhece atuação pelo empoderamento feminino. No mesmo dia, a gestora recebeu homenagem da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal

 

A reitora Márcia Abrahão foi agraciada, na manhã desta terça-feira (26), com o Prêmio Bertha Lutz, entregue anualmente pela bancada feminina do Senado Federal a mulheres que tenham contribuído para a defesa de direitos e o empoderamento feminino na sociedade. Ela é a primeira reitora agraciada pela honraria, que existe desde 2002.

Reitora Márcia Abrahão recebe o prêmio das mãos da senadora Leila Barros. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

“Nós, mulheres, somos maioria na comunidade universitária, mas, infelizmente, minoria em cargos de gestão”, lembrou Márcia, na cerimônia. “Gostaria de partilhar esse reconhecimento com minhas colegas reitoras, geólogas, cientistas de várias áreas e com as decanas da UnB – onde há, pela primeira vez, mais mulheres do que homens na liderança dos decanatos”, destacou.

 

Para Márcia, o reconhecimento é resultado, também, da visibilidade e da excelência da UnB e da atuação de toda a comunidade acadêmica. Ela endereçou uma mensagem especial para as jovens universitárias: “Às meninas que acabaram de ingressar no ensino superior ou que desejam fazê-lo em breve, um recado: não abram mão de seus sonhos. Vocês podem ser tudo o que quiserem.”

 

A reitora foi indicada pela senadora Leila Barros, que também homenageou a tenista brasileira Maria Esther Bueno, falecida no ano passado. Além delas, outras 21 mulheres receberam a honraria, entre advogadas, políticas e musicistas – além de mulheres como Leiliane Rafael, a vendedora ambulante que salvou a vida do motorista do caminhão atingido pelo helicóptero onde estava o jornalista Ricardo Boechat.

 

O diploma foi criado em referência à bióloga e cientista Bertha Lutz, uma das pioneiras na defesa dos direitos políticos de mulheres no país. Bertha foi a única mulher a integrar a missão diplomática brasileira para a fundação da ONU e teve papel fundamental para garantir que a igualdade entre homens e mulheres aparecesse textualmente no preâmbulo da Carta das Nações Unidas.

 

LUTA – Outra agraciada na cerimônia desta terça foi a pequena Laissa Poliana Vasconcelos, 12 anos. Portadora de Atrofia Muscular Espinhal (AME), ela emocionou o Plenário do Senado ao falar sobre a descoberta da doença, rara e degenerativa. “Este dia ficará marcado por toda minha vida e me fará continuar lutando. Sinto-me viva, forte e preparada para ajudar a construir o Brasil do futuro”, disse a menina, conhecida como Laissa Guerreira.

 

A viúva de Marielle Franco, Mônica Benício, recebeu o prêmio em nome da vereadora, executada há um ano. “Marielle, assim como Bertha (Lutz), era uma mulher combativa, que lutava pelo direito das mulheres. Tê-la reconhecida nesta casa é muito significativo”, frisou.

 

Único homem laureado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto recebeu a comenda pela atuação para efetivação da Lei Maria da Penha. Ele defendeu que reformas institucionais, como a da Previdência, não causem um retrocesso para as mulheres.


Também nesta terça, a reitora foi homenageada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal e pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). Em cerimônia no Cine Brasília, ela fez jus à premiação Mulheres expoentes: tecnologia, ética e transparência.

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