QUALIDADE

Dos 68 cursos avaliados pela publicação, 62 foram classificados com conceitos muito bom e excelente. Instituição avança posições em três cursos

A Universidade de Brasília teve 68 cursos de graduação estrelados no Guia do Estudante Profissões Vestibular 2017, uma das principais publicações brasileiras que avalia cursos superiores de instituições de ensino públicas e privadas de todo o país. Nove cursos recém-criados e de novas áreas são novidade na 26ª edição da avaliação. A instituição atingiu nota final de 61,28 pontos. Ao total, três graduações subiram no conceito, 43 se mantiveram no patamar anterior, enquanto 11 tiveram queda nas notas. Com o resultado, a UnB é considerada a sétima melhor universidade pública do Brasil.

Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

Trinta e um cursos ganharam cinco estrelas, número menor que no ano passado, em que a Universidade obteve nota máxima em 34. Em contrapartida, mais cursos apareceram com quatro estrelas: são 31 graduações, em 2016, enquanto em 2015 eram 21. O mesmo ocorreu com os três estrelas, que somam seis. Duas graduações avaliadas no ano anterior – Ciências Ambientais e Engenharia de Controle e Automação – não entraram na lista atual. Confira a lista de cursos avaliados.

 

Para o decano de Ensino de Graduação, Mauro Rabelo, o desempenho alcançado reflete a consolidação dos cursos da UnB, além do corpo docente qualificado da instituição. “O resultado foi extremamente positivo, uma vez que 91% dos cursos avaliados receberam 4 ou 5 estrelas, o que vem mais uma vez afirmar a qualidade e reputação da UnB”, declara.

 

Entre os destaques estão os cursos de Medicina Veterinária, do campus Darcy Ribeiro, e de Engenharia Eletrônica, da Faculdade do Gama, que subiram na avaliação de quatro para cinco estrelas. A graduação em Artes Visuais, também do campus localizado na Asa Norte, foi outra que avançou, passando a ser classificada com quatro estrelas. Os novos cursos incluídos na publicação também obtiveram bons resultados: quatro receberam conceito máximo, outros quatro foram classificados com quatro estrelas e apenas um teve três estrelas.

 

Na opinião do reitor da UnB, Ivan Camargo, é necessário um esforço maior para que a Universidade avance ainda mais nos resultados das avaliações externas. “A UnB tem um potencial muito grande para que 80% dos seus cursos recebam cinco estrelas. Em cada curso, temos que fazer uma avaliação, tentar entender o que está acontecendo, para continuarmos avançando e melhorando na qualidade. Os melhores estudantes do país têm que estar nos melhores cursos”.

Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

PARTICIPAÇÃO – Segundo o decano de Planejamento e Orçamento da UnB, César Augusto Tibúrcio Silva, os coordenadores de curso devem se atentar em preencher corretamente os dados sobre o curso no formulário de avaliação. Ele afirma que, quando as informações são cedidas de forma incompleta aos avaliadores, há um risco de comprometimento na nota que será atribuída.

 

“Nós percebemos que muitas vezes alguns coordenadores desconsideram a importância de fazer o preenchimento correto do formulário. No entanto, os alunos, quando vão fazer a seleção de um curso no vestibular, buscam informações no Guia do Estudante. É uma avaliação considerada importante”, comenta.

 

A gestão da UnB tem atuado para incentivar a participação efetiva dos docentes em avaliações externas, por meio de reuniões com os coordenadores de curso para discutir o tema, concessão das informações necessárias para o preenchimento dos questionários, além de observações nos conselhos da Universidade quanto à importância. “Essa sensibilização é feita a longo prazo. Quando começamos a divulgar a posição da UnB no Guia, quais são os cursos com cinco estrelas, isso acaba motivando os coordenadores dos cursos com menos estrelas a terem um cuidado maior para responder”, acredita Tibúrcio.

 

CONCEITO – Publicado anualmente pela Editora Abril, o Guia do Estudante traz aos vestibulandos mais informações sobre os cursos de graduação oferecidos no país para auxiliá-los na escolha da instituição em que desejam ingressar. A avaliação se baseia em uma pesquisa de opinião com professores e coordenadores de curso das universidades e envolve três quesitos: corpo docente, projeto pedagógico e a infraestrutura dos cursos.

 

Para participar, o curso deve possuir titulação de bacharelado – exceto nos casos dos cursos de Pedagogia e Educação Física, que recebem avaliação das licenciaturas –, terem turmas em andamento e já concluídas até 2014, além de serem presenciais. As classificações variam entre Ruim (1), Regular (2), Bom (3), Muito Bom (4) e Excelente (5). O resultado é obtido pela média das notas dos avaliadores, descartando a menor e a maior nota recebida, além de incorporar o desempenho do curso nas duas avaliações anteriores.

 

>> Saiba como é feita a avaliação do Guia do Estudante.