INCLUSÃO

No total, 21 cursos oferecem 72 vagas para ingresso em 2018. Inscrições gratuitas estarão abertas de 31 de julho a 31 de agosto

  


Estudantes indígenas estiveram presentes na apresentação do edital, nesta quarta-feira (5), no Salão de Atos da Reitoria. Foto: Amália Gonçalves/Secom UnB

 

A Universidade de Brasília divulgou, nesta quarta-feira (5), o edital do vestibular indígena 2017, que oferta vagas para ingresso em 2018. A seleção terá prova em polos regionais nas regiões Norte e Nordeste, além do Distrito Federal. Para concorrer, o candidato não pode ter concluído nenhuma graduação e deve ter cursado a maior parte do ensino médio em escolas da rede pública. Se for egresso da rede particular, o indígena pode concorrer desde que tenha recebido bolsa de estudo, integral ou parcial.

 

As 72 vagas serão distribuídas em 21 cursos nos campi de Ceilândia, de Planaltina e no Darcy Ribeiro. “A Universidade tem o compromisso não apenas da educação, mas também de fortalecer a diversidade e a troca de cultura. Por isso é importante fazermos a diferença e incentivarmos esse intercâmbio”, disse a reitora Márcia Abrahão durante a cerimônia de lançamento do edital, realizada no Salão de Atos da Reitoria.

 

A concepção do edital foi liderada pelo Decanato de Ensino de Graduação (DEG) e pelo Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), e pensado em conjunto com representantes indígenas da Universidade, o Ministério da Educação e a Funai. As inscrições poderão ser feitas a partir de 31 de julho no site do Cespe.

 

INGRESSO E PERMANÊNCIA “Demos um grande passo e a adesão foi maior do que imaginávamos. Todos os cursos que consultamos disponibilizaram vagas”, comemorou a decana de Ensino de Graduação, Cláudia Garcia. Os cursos que oferecerão vagas neste primeiro edital foram sugeridos pelos próprios estudantes indígenas e devem ser ampliados no futuro.

 

A aluna indígena Rayanne França, graduanda em Enfermagem, ressaltou a importância da presença desses alunos na UnB para além do ingresso. “Hoje damos um passo de entrada, mas a permanência é muito importante. Sabemos que sairemos melhores profissionais, mas também deixaremos nossa cultura e nossa diversidade aqui”, declarou. “Não é fácil sairmos de nossas casas para cá, deixarmos tudo o que sempre vivemos para trás”, endossou a estudante indígena de Ciências Sociais Braulina Baniwa.

 

Durante a cerimônia, representantes do DAC afirmaram que oferecer alternativas eficientes de permanência no curso para estudantes que ingressarem por essa modalidade é prioridade.

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