EXCELÊNCIA

Pela primeira vez, a Universidade de Brasília tira nota 5 na avaliação oficial do governo sobre os cursos oferecidos pela instituição

Foto: Julio Minasi/Secom UnB

 

O que era expectativa agora se torna realidade: a Universidade de Brasília recebeu nota máxima do Ministério da Educação (MEC) no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), divulgado na última sexta-feira (18) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

 

O IGC, que é calculado anualmente desde 2007, avalia as instituições de educação superior e leva em consideração o Conceito Preliminar (CPC) dos cursos avaliados no ano do cálculo e nos dois anos anteriores. Ou seja, sua divulgação sempre faz referência a um triênio e compreende todas as áreas avaliadas ou todo o ciclo avaliativo.

 

O índice, porém, vai além da análise dos cursos da graduação, abrange conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o número de matrículas em cada um desses programas. Considera ainda a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino: graduação, mestrado ou doutorado.

Fonte: Inep. Arte: Anna Soares/Secom UnB

 

O decano de Ensino e Graduação (DEG) da UnB, Mauro Rabelo, ressalta que o resultado é uma conquista coletiva. “Reflete o esforço da comunidade acadêmica como um todo. Essa nota é alcançada a partir do desempenho dos estudantes nas provas, da opinião que eles têm a respeito da instituição e de seus cursos, da qualificação do corpo docente da Universidade e de indicadores da pós-graduação”, afirma.

 

Rabelo lembra que, para atingir a marca, a Universidade teve de trabalhar em diversas frentes. O objetivo era não somente motivar os estudantes, mas também sensibilizá-los quanto à importância da nota do IGC. “Uma postura não adequada em uma avaliação de um ano vai refletir durante três anos para a UnB. Os estudantes são como embaixadores da instituição no exame, porque são escolhidos para a missão nobre de, durante um triênio, representar bem o curso inteiro e os demais colegas que não têm a oportunidade de estar lá para demonstrar o que aprenderam ao longo do curso . É ir lá e dar o melhor de si”, esclarece.

 

Ele conta que ao assumir o Decanato, em 2012, descobriu que vários cursos haviam boicotado a prova no ano anterior. “Fizemos um trabalho com os coordenadores de graduação, que foram fundamentais no diálogo com os estudantes. No final, na avaliação feita pelo MEC, as notas de desempenho dos alunos foram revertidas, se compararmos com o triênio anterior. Isso realmente é motivo para muita comemoração. A UnB é uma instituição nota 5, nós vamos caminhar para sempre manter esse conceito”, assegura Mauro Rabelo.

 

Para o decano de Pesquisa e Pós-Graduação da UnB, Jaime Santana, a nota da Universidade no IGC é exemplo de como a qualidade de uma instituição depende da qualidade dos seus atores principais: os professores, os alunos, os servidores e a gestão. “Mas não podemos nunca dizer que o resultado já está bom, nunca está. Temos que melhorar a atividade acadêmica (na graduação, na pós-graduação, na extensão), a gestão, o atendimento aos alunos, a inserção da Universidade na comunidade em nível nacional e internacional. Temos que cuidar de todos esses fatores para continuarmos sendo competitivos e crescendo em qualidade. Assim, o impacto social da instituição é muito maior e colaboramos mais para o desenvolvimento do nosso país”, conclui Santana.

 

Fonte: Inep. Arte: Anna Soares/Secom UnB

 

O reitor da Universidade de Brasília, Ivan Camargo, destaca o potencial da instituição para continuar a perseguir bons resultados. “Acho fundamental a consciência dos alunos de que somos uma universidade pública e precisamos servir de patamar para a educação superior. É muito bom estar entre as referências nacionais, mas a Universidade tem potencial para muito mais. Temos que batalhar pela excelência acadêmica na UnB e temos tudo para chegar lá. A grande dificuldade que temos é de infraestrutura, que, no caso da UnB, pode ser corrigida em médio prazo, se conseguirmos equilibrar o custeio. Aí, sobrará patrimônio para investir nas obras que mais precisamos”, prevê Camargo.

 

ÍNDICE - O Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição é uma média ponderada dos conceitos dos cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu da Instituição. O conceito da graduação é calculado com base nos Conceitos Preliminares de Cursos e o conceito da pós-graduação stricto sensu é calculado a partir de uma conversão dos conceitos fixados pela Capes.  Para ponderar esses conceitos, utiliza-se a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado).