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Na quarta sessão pública da Comissão UnB.Futuro, professor norte-americano fala sobre as perspectivas da educação

Foto: Gabriela Studart/UnB Agência

 

Na tarde desta segunda-feira (3), a Comissão UnB.Futuro realizou a quarta Sessão Pública do ano. A palestra do professor da Universidade do Michigan Eric Rabkin abordou os desafios da educação no mundo atual.

 

À mesa com Rabkin estiveram o reitor da Universidade de Brasília, Ivan Camargo, o decano de Pesquisa e Pós-Graduação, Jaime Santana, o professor emérito Isaac Roitman, o professor emérito da Universidade de São Paulo e fundador da Escola do Futuro (USP), Fredric Litto, e o professor da Faculdade de Comunicação Fernando Oliveira Paulino.

 

Eric Rabkin leciona Língua Inglesa e Literatura na Universidade do Michigan, além de ser professor emérito em Artes e Design. Esse título foi mencionado por ele como “um título que ganhei sem nunca ter, sequer, frequentado um curso de artes em toda minha vida”. A afirmação foi dita como reforço à firme posição do professor em favor de diferentes formas de ensino, além do modelo tradicional que vigora em diversas instituições em todo o mundo.

 

Rabkin defendeu o uso da Internet como ferramenta educacional. As diversas plataformas virtuais de ensino proporcionam ao usuário a possibilidade de aprender o conteúdo desejado exatamente quando ele quer. E isso, para Rabkin, é o diferencial.

 

Para o educador norte-americano, aprender um conteúdo quando se precisa é muito melhor que aprender "por precaução".

Foto: Gabriela Studart/UnB Agência

 

Rabkin defendeu que é necessário modernizar os métodos de ensino. A educação a distância ainda enfrenta duras críticas, pois as taxas de conclusão dos alunos que optam por essa modalidade são consideradas baixas.

 

Entretanto, Rabkin é otimista e aponta o caso de suas aulas na Universidade do Michigan. A taxa de conclusão dos cursos dados por Rabkin ao longo de 11 anos, segundo ele, chega a 14% de um total de 40 mil alunos. “Esses 14% representam quase seis mil alunos. O número de pessoas que concluíram, ainda assim, é muito alto”.

 

O professor não se opõe ao formato mais utilizado. Para ele, as aulas devem acontecer como são realizadas hoje em dia, mas o estudante deve estar apto a decidir quando quer frequentá-las.

 

Universidades de todo o mundo adotam o padrão de aulas presenciais e avaliação do aluno pelo professor, mas Rabkin sugere algumas mudanças nesses métodos.

 

Além de incentivar o ensino online, Rabkin garante que também são válidas experiências pedagógicas, como dividir com os alunos a avaliação dos trabalhos feitos por eles. “Não digo que este é o futuro da educação, mas que podemos pensar de forma flexível, buscando uma rede colaborativa de ensino. Isso muda a forma de aprender”.