Você sabia que de 1966 até 2017 a Universidade de Brasília diplomou mais de 145 mil estudantes de graduação e pós-graduação? Somente em 2017, quase 50 mil alunos seguiram matriculados em uma das 153 opções de cursos de graduação ou 158 cursos de mestrado e doutorado. Informações como estas estão disponíveis a qualquer interessado por meio Anuário Estatístico 2018.
A organização do documento tem foco em uma série de cinco anos, referente ao período de 2013 a 2017, mas inclui dados desde os anos iniciais da instituição. O conteúdo perpassa graduação, pós-graduação, extensão, produção intelectual e pesquisa, além de informações de cunho administrativo, como planejamento e execução orçamentária.
Por meio de tabelas e infográficos, o anuário possibilita aos leitores análises comparadas e de evolução dos quesitos abordados. Os dados são referentes aos quatro campi da instituição (FCE, FGA, FUP e Darcy Ribeiro) e garantem transparência e fácil acesso a informações de interesse público.
“O Anuário é uma fonte oficial e confiável. Sua grande vantagem é consolidar as informações da Universidade em um único documento. É possível encontrar, por exemplo, desde o número de cirurgias que o Hospital Veterinário realizou até o tamanho do acervo da Biblioteca Central”, destaca Andrea Cabello, diretora de Avaliação Institucional e Informações Gerenciais do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DAI/DPO).
RAIO-X – Para traçar um panorama da UnB, uma opção é começar pelos dados de sua população. Em 2017, a instituição somou 53.657 pessoas nos quatro campi, sendo 88,8% desse contingente formado por estudantes; o percentual complementar correspondente a servidores: docentes e técnico-administrativos.
Em relação às novas oportunidades para ingresso na graduação, 58.869 candidatos se inscreveram em processos seletivos somente em 2017, sendo que o Enem registrou a maior concorrência quantitativa, com a marca de 27,90 candidatos por vaga.
O anuário registra distinções, títulos e honrarias recebidos pela Universidade e por seus acadêmicos. Entre eles está o 16º Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS – 2017, concedido aos projetos Rapha e Sofia – o primeiro referente ao tratamento de feridas do pé diabético e o segundo sobre método para tratar câncer de fígado.
PERFIL ACADÊMICO – A partir do documento, é possível conhecer o perfil dos acadêmicos da UnB por meio de dados como gênero, faixa etária e raça/cor autodeclarada. Na graduação, a maioria da população universitária é do sexo feminino, correspondendo a 50,7% do total.
Quanto à autodeclaração de cor, pretos, pardos e indígenas somam juntos 47,2% dos estudantes, seguidos por 39,6% de cor branca, 11,3% que não quiseram declarar cor e 1,8% de cor amarela.
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Quanto ao quadro funcional, a UnB conta com 2.557 docentes ativos. Destes, 91,5% são qualificados a nível de doutorado. Há também 230 docentes substitutos, temporários ou visitantes. Já os técnicos administrativos somam 3.198 colaboradores, sendo 40% qualificado em nível superior, 56% em nível intermediário e 4% em nível de apoio.
Há 94 estudantes de graduação portadores de necessidades especiais relativas à deficiência múltipla, autismo, síndrome de Asperger, síndrome de RETT ou transtorno desintegrativo da infância.
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SERVIÇOS – Os serviços prestados à comunidade interna e externa em 2017 chamam atenção. No período, quase dois milhões e meio (2.429.683) de refeições foram servidas no Restaurante Universitário, e mais de 35 mil procedimentos foram realizados pelo Hospital Veterinário, entre exames, cirurgias e internações.
No mesmo ano, a Universidade promoveu 799 atividades de extensão entre cursos, minicursos e projetos. Mais de cem mil pessoas participaram destas iniciativas (115.609), sendo que somente a Semana Universitária registrou 22.886 participantes.
Outro importante foco de atuação da UnB está nos programas de assistência estudantil. Mais de seis mil alunos foram beneficiados com auxílio ou bolsa alimentação no Restaurante Universitário, e mais de três mil receberam bolsas permanência ou auxílio socioeconômico. Outro serviço refere-se à moradia estudantil, que alcançou quase dois mil estudantes.
Por meio do Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos (Caep/IP), a UnB prestou mais de 28 mil atendimentos psicoterápicos à comunidade interna e externa. O Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Bem Estar do Estudante de Medicina (Napem/FM) realizou 187 atendimentos Atendimentos Psicopedagógicos a estudantes de Medicina.
CIÊNCIA – A produção intelectual da instituição em 2017 resultou em 6.713 realizações, entre produção bibliográfica, técnica e artística. O apoio financeiro ao trabalho de pesquisadores foi incentivado pelo fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e de recursos próprios da UnB.
Para pesquisas no país, a UnB teve aporte de quase 500 mil reais. As pesquisas no exterior somam mais de sete milhões de reais. Há também as pesquisas com bolsas não-remuneradas. Na graduação, foram concedidas mais de 20 mil bolsas para atividades de pesquisa, extensão e monitoria. Deste total, mais de 16 mil são do tipo não-remuneradas.
O acervo da da Biblioteca Central também consta no documento, com a marca de 921.329 exemplares de periódicos, além de outros itens. O relatório traz ainda informações sobre serviços administrativos, patrimônio, orçamento e outros dados relevantes.
SOBRE – A obtenção dos dados para o anuário estatístico é possível por meio dos registros acadêmicos relacionados ao Cadastro de Pessoa física (CPF) de cada estudante. Quanto aos dados da série histórica, tem-se como fonte o Censo da Educação Superior (CenSup), consolidado pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
A diretora do DAI, Andrea Cabello, explica que o anuário possui um processo longo de elaboração. "No primeiro semestre, enviamos circulares para toda a Universidade, informando o período de coleta, quais dados a unidade precisa informar e em qual formato. Nós recebemos, verificamos se há inconsistências ou divergências, mandamos de volta, se for o caso, e consolidamos para o formato final."
Andrea reforça que o procedimento de coleta precisa ser o mesmo todos os anos. "Temos parâmetros e periodização para estas informações. Não adianta em um ano pegar o número de matriculados em março e no outro ano o de outubro. Essa comparação não terá significância."
A gestora destaca que "algumas unidades têm a cultura de organizar seus dados em relatórios e planilhas" e que isso favorece o acesso a informação. "Quanto mais a cultura de coleta e registro entrar na noção da comunidade, mais confiável e completos serão os nossos dados", avalia Andrea. Ela ressalta que o programa Simplifica UnB também foi implementado para integrar, melhorar e automatizar os sistemas e os registros.
Esta é a 20ª edição do Anuário Estatístico da UnB, realizado desde 1988. O documento é produzido pelo Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), e contém informações dos diferentes setores, Institutos e Faculdades da UnB.