SAÚDE

Representantes da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa se encontraram com autoridades da UnB e docentes da Faculdade de Ceilândia

Reunião foi realizada na Faculdade de Ceilândia na última quinta-feira (18). Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

No Brasil existem mais de 840 comitês de ética em pesquisa, localizados em instituições de todas as regiões. A Universidade de Brasília possui quatro conselhos voltados para pesquisa com seres humanos nas faculdades de Ciências da Saúde (FS), de Medicina (FM), de Ceilândia (FCE) e no Instituto de Ciências Humanas (IH). Na última quinta-feira (18), representantes da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) estiveram na FCE para discutir melhores práticas relacionadas à ética na pesquisa com seres humanos.

 

“Esse encontro faz parte de um projeto de qualificação dos comitês em todo o país para o controle social das pesquisas. Nesse momento, nós ouvimos as demandas e compreendemos as dificuldades”, esclareceu o consultor da Conep, Francisco Viana. Vinculada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Conep busca garantir a qualidade da análise feita pelos comitês de ética em pesquisa. “A preocupação é com a proteção dos sujeitos de pesquisa para evitar danos graves à população”, sinalizou. A principal justificativa dessa iniciativa é que a maior parte das produções científicas no país são realizadas dentro das universidades.

 

Também consultora da Comissão, Claudete Kronbauer informou que a atuação do órgão se dá em dois eixos principais: reconhecimento e educação. “Ambos os trabalhos têm atividades in loco e a distância, pela Plataforma Brasil e cursos de EaD, projeto que está em desenvolvimento.” Na visão dos consultores, o debate sobre a ética em pesquisa com seres humanos está se expandindo para outras áreas. Em um primeiro momento, houve um deslocamento da área da saúde para as ciências humanas e sociais, mas há também uma ampliação inclusive para as exatas. “Por exemplo, no desenvolvimento de aplicativos para diferentes usos sociais que também implicam preceitos éticos”, defendeu.

 

MODELO – Com foco nas ciências da saúde, a Faculdade de Ceilândia conta com seis cursos de graduação e dois programas de pós-graduação. Segundo o diretor da FCE, Araken Rodrigues, o Conselho de Ética em Pesquisa da FCE era uma necessidade em função da alta demanda da Faculdade. “Foi um grande ganho, pois antes era preciso recorrer a conselhos de outras unidades, o que dificultava os trâmites.”

 

Para o vice-diretor da UnB em Ceilândia, João Paulo Chieregato, o número de acessos à página do CEP/FCE comprova a eficácia do órgão, que já teve mais de 7 mil visitas desde que foi implantado. “Esse colegiado se constituiu a partir do olhar dos diferentes cursos da FCE, sendo multidisciplinar e independente”, considera. Foi destacada ainda a organização e o apoio da secretaria e da direção.

 

Também participou do encontro a presidente do Conselho Regional de Saúde de Ceilândia, Andrecinda Rocha, servidora aposentada da Secretaria de Saúde. “A participação dessa representação da sociedade civil é muito importante e é um indicador de que a Universidade está aberta à comunidade”, afirmou a reitora Márcia Abrahão.

Reitora Márcia Abrahão e decana Maria Emília Walter apresentaram ações da Universidade para representantes da comissão nacional. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Para ela, esse engajamento é um exemplo a ser seguido, pois mesmo a faculdade sendo relativamente nova, com 10 anos de existência, a grande maioria dos cursos têm nota máxima no Ministério da Educação, assim como os cursos de mestrado e doutorado são muito bem avaliados.

 

INTEGRAÇÃO – A decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter, informou que foi criado um núcleo de apoio aos conselhos de ética em pesquisa da UnB. “Buscamos institucionalizar as ações e oferecer uma estrutura mínima de comunicação entre eles.”

 

Segundo Maria Emília, o projeto ainda está em fase de estruturação, mas a expectativa é que até 2020 já esteja funcionando no âmbito da Diretoria de Pesquisa (Dirpe/DPI). Claudete, da Conep, elogiou a proposta, à medida que possibilita criar “um ambiente favorável para incentivar a criatividade e os encaminhamentos sobre a pesquisa com seres humanos, buscando uma percepção geral mais harmônica”.

 

O encontro também contou com a presença da presidente e da vice-presidente do CEP/FCE, as docentes Dayani Galato e Danielle Kaiser, respectivamente.

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