60 ANOS DE BRASÍLIA

Grupo, com integrantes da comunidade interna e externa, vai propor atividades alusivas à data e que mostrem a estreita relação entre a Universidade e a capital 

 

Comissão reúne representantes da sociedade civil, do corpo institucional, docente e estudantil para propor uma programação para as festividades. Foto: Heloíse Correa/UnB Secom
Comissão reúne representantes da sociedade civil, do corpo institucional, docente e estudantil para propor uma programação para as festividades. Foto: Heloíse Correa/UnB Secom

 

Um momento para pensar a cidade, a Universidade e a relação entre ambas. Assim foi o primeiro encontro da Comissão UnB nos 60 anos de Brasília, realizado no Salão de Atos da Reitoria. No início deste mês, representantes da sociedade civil, do corpo institucional, docente e estudantil se reuniram e lançaram olhar sobre a efeméride, a ser celebrada em 21 de abril do ano que vem. A comissão, nomeada por Ato da Reitoria, vai propor uma programação para as festividades, com eventos que reflitam a memória da cidade, comum à UnB.

 

A reitora Márcia Abrahão cumprimentou os presentes e recordou que, entre eles, alguns compuseram a organização que celebrou os 50 anos da capital, da qual também fez parte. “Nós ficamos muito felizes com a aceitação de todos. É uma comissão maior ainda, e sabemos que nem sempre as pessoas podem vir, mas o importante é a incorporação deste espírito de comemoração”, expressou.

 

Contando um pouco da história da Universidade, a cerimônia teve início com a apresentação de vídeo institucional com os principais avanços da UnB ao longo dos últimos anos, com destaque para a expansão para além do Plano Piloto e para a crescente excelência acadêmica.

 

A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), Denise Imbroisi, sugeriu a abertura de uma consulta pública para sistematizar as proposições feitas pela comissão. A decana de Pesquisa e Inovação (DPI), Maria Emília Walter, falou sobre a divulgação da ciência e sobre o destaque necessário aos trabalhos desenvolvidos pelas áreas de artes e humanidades na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, prevista para outubro.

 

“Estamos fazendo questão de mostrar que, nessas áreas, também existe inovação. São áreas estruturantes para o desenvolvimento do país; não podemos prescindir dessa dimensão, na qual a Universidade atua fortemente”, afirmou.

 

A professora aposentada Ivone Rezende Diniz enfatizou a ciência voltada para o cerrado. “Nós temos aqui herbários brasileiros, a segunda maior coleção de répteis, nós temos coleções de aves, de mamíferos, de peixes, uma série de coleções que podem ser mostradas à sociedade”, enumera.

 

MEMÓRIA E RESISTÊNCIA Ao compartilhar um pouco de suas experiências junto à Universidade, os presentes trouxeram expectativas em relação à comissão. A jornalista formada pela UnB, sócia do site Olhar Brasília e apresentadora do Distrito Cultural, da Rede Globo, Márcia Zarur, acredita que o grupo integrará a sociedade aos trabalhos desenvolvidos pela instituição.

 

“Não dá para falar dos 60 anos de Brasília e excluir a UnB. Da ideia de Darcy Ribeiro, nasceu uma universidade singular, com pessoas notáveis, que estão fazendo a história do Brasil”, enfatizou.

 

“A importância é muito grande e nunca é demais lembrar que essas histórias se confundem”, acrescentou o professor emérito da Faculdade de Arquitetura de Urbanismo (FAU) José Carlos Coutinho. “A história da UnB é a história de Brasília; elas nasceram ao mesmo tempo e, com segurança, a UnB é umas das instituições mais importantes da capital federal”, ressaltou.

 

Coutinho pediu justiça à contribuição de Anísio Teixeira, que, ao lado de Darcy, trouxe os princípios pedagógicos pioneiros da UnB, como o ensino interdisciplinar. “Se Darcy Ribeiro foi o grande guerreiro, empreendedor da Universidade de Brasília, Anísio foi a cabeça pensante que realizou aqui o que ele não conseguiu no Rio de Janeiro”, recordou.

 

“Não é justo que a magnitude de Anísio Teixeira seja representada apenas por um pavilhão desconfortável”, expressou o professor emérito da Faculdade de Comunicação (FAC) Murilo Ramos, em referência ao Pavilhão Anísio Teixeira, no campus Darcy Ribeiro.

 

A comissão deve voltar a se reunir no início de outubro. Antes disso, será lançada uma consulta pública, que vai reunir sugestões para a programação em homenagem aos 60 anos de Brasília.

 

 

*Estagiário de jornalismo na Secom/UnB.

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