GESTÃO

Docentes Dione Moura e Tiago Quiroga assumem gestão da FAC até 2023. Expectativa é fortalecer unidade para defesa da comunicação em seu papel democrático e democratizador

Foto: Raquel Aviani/Secom UnB
Ex-diretor da FAC, Fernando Oliveira Paulino, ao lado da diretora empossada Dione Moura, da reitora Márcia Abrahão e do vice-diretor Tiago Quiroga. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

No simbólico auditório que leva o nome do jornalista Pompeu de Sousa, idealizador do projeto embrionário da Faculdade de Comunicação (FAC) da Universidade de Brasília, os docentes Dione Oliveira Moura e Tiago Quiroga Fausto Neto foram empossados como diretora e vice-diretor da unidade para o quadriênio 2019-2023. O ato foi celebrado na quinta-feira (14).

 

“A posse do nosso primeiro diretor, Pompeu de Sousa, foi em 1965. Fico feliz porque foi o ano em que nasci. Já em 1987, quando vim fazer especialização em Brasília, fui aluna dele. Recebo essa função com muita seriedade, porque temos uma missão grande e estou seguindo os passos de nossos fundadores”, compartilhou Dione Moura.

 

Completando dez anos de casa neste mês, Tiago Quiroga expressou seu sentimento ao assumir a vice-direção. “Me sinto extremamente integrado e compromissado com a UnB. Visto essa camisa porque a universidade pública é o elemento de transformação social do qual a gente não pode abrir mão”, externou o docente.

 

A reitora Márcia Abrahão parabenizou os gestores empossados e reforçou a alegria em “ver que, nos últimos anos, a Faculdade cresceu e se renovou em termos de pessoal, estrutura física e ampliação de suas atividades, com a criação do curso de Comunicação Organizacional”. A reitora lembrou que a unidade é “exemplo da diversidade de pessoas que historicamente têm contribuído para a sociedade de Brasília e do país”. 

 

BALANÇO  A Faculdade de Comunicação possui quatro cursos de graduação – Audiovisual, Comunicação Organizacional, Jornalismo, Publicidade e Propaganda – e um curso de pós-graduação com mestrado e doutorado. A unidade conta com 61 docentes efetivos e cerca de 1.300 discentes na graduação e pós-graduação. 

Foto: Raquel Aviani/Secom UnB
Docentes, estudantes e técnicos encheram o auditório da FAC para receber os novos gestores. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

À frente da unidade desde 2015, o docente Fernando Oliveira Paulino deu as boas-vindas aos novos diretores e aproveitou o momento para prestar contas sobre as práticas da gestão recém-finalizada. Entre as melhorias apontadas na infraestrutura estão instalação de ar-condicionados, bebedouros e diversos equipamentos audiovisuais.

 

Segundo o docente, a gestão superou 99% de recursos executados, considerando o orçamento previsto para 2018. “Implementamos procedimento de orçamento participativo e contínua prestação de contas, com a previsão financeira compartilhada e debatida de maneira aberta”, lembrou Paulino.

 

Na parte acadêmica, houve melhorias como revisão do projeto político e pedagógico dos cursos de Jornalismo e Audiovisual, além de aprimoramento de fluxos e procedimentos. “Obtemos nota máxima por parte da comissão de avaliação indicada pelo MEC e fomos contemplados com o título de melhor universidade para a área de comunicação e informação pela publicação Guia do Estudante”, destacou Paulino.

 

O ex-diretor ressaltou que a FAC “carrega uma responsabilidade histórica na promoção da liberdade de expressão e da diversidade”, herdada de “docentes e discentes que marcam nossa trajetória de quase 60 anos e de pessoas que ao longo da história brasileira lutaram em defesa da educação pública”.

 

Os novos gestores da Faculdade mencionaram assumir o cargo motivados pela “defesa da universidade pública e da comunicação em seu papel democrático e democratizador”. Relatora da proposta de cotas raciais da UnB, Dione Moura externou sua felicidade em ser empossada no momento em que o país passa a registrar negros e pardos como maioria discente no ensino superior público. 

 

“Fui discente de graduação como jovem negra. Nós éramos apenas 2%. Essa foi a chance que, à época, tive de estudar em uma instituição pública. Imagino o quanto eu já teria deixado de contribuir para a UnB e para o país caso não tivesse ingressado no ensino superior”, completou Dione Moura, com expectativa de ampliar sua contribuição durante a gestão da FAC.

 

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