POSSE

Professor Pastor Willy Gonzales Taco assume o Ceftru com foco na mobilidade urbana e logística

Foto: Júlio Minasi/Secom unB

 

O professor do Programa de Pós-graduação em Transportes (PPGT) Pastor Willy Gonzales Taco é o novo coordenador do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes da UnB (Ceftru). Integram a equipe de gestão do Centro a docente do Departamento de Engenharia de Produção (EPR) da Faculdade de Tecnologia Simone Borges Monteiro (vice-coordenadora) e os professores Fabiana Serra de Arruda (coordenadora de Pesquisa) e Abimael de Jesus Barros Costa (coordenador de Inovação e Tecnologia).

 

A cerimônia de posse do novo coordenador ocorreu na manhã desta terça-feira (29), no auditório da Reitoria. Na prática, o docente atua no Centro desde novembro do ano passado. Segundo Taco, este tem sido um importante período de ambientação.

 

“Começamos a tomar conhecimento da situação e agora estamos em fase de planejamento. Ainda é uma fase de transição. Esperamos um ano crítico em questão de investimentos, mas também vemos um tempo de oportunidades, já que a escassez nos incentiva a otimizar esforços com instituições interessadas em nossos serviços”, conta. 

Em sua posse, professor Taco apresenta planejamento para o Ceftru. Foto: Arquivo pessoal


Os serviços oferecidos pelo Ceftru são, sobretudo, de apoio em pesquisa científica e tecnológica. Estrutura física com baias para pesquisas, laboratórios, centro de processamento de dados e biblioteca com volumes de vinte anos de produção científica estão disponíveis para empresas, grupos e pessoas interessadas em parcerias.

 

“Hoje trabalhamos com três pilares: mobilidade urbana, logística e transportes. A partir do momento em que novos projetos forem surgindo, haverá espaço para que outras áreas sejam fortalecidas”, vislumbra a vice-coordenadora Simone Borges.

 

Integração entre disciplinas e ênfase na pesquisa são, inclusive, as bases da política que a nova coordenação busca colocar em ação. Estão previstos, por exemplo, novos editais para projetos de pesquisas a serem desenvolvidas no Ceftru.

 

Conheça o planejamento da nova coordenação do Ceftru

Foto: Anna Soares/Secom UnB


Em entrevista à Secretaria de Comunicação, Pastor Gonzales Taco e Simone Borges falaram sobre os objetivos da gestão.

 

Como tem funcionado o Ceftru?

 

Pastor Taco: O cerne do Ceftru é a produção de ciência e tecnologia. Mas temos ainda a missão de recuperar a essência da Universidade no quesito interdisciplinaridade. Não apenas na UnB, mas na maior parte das universidades, enfrenta-se o problema da departamentalização. Cada setor faz algo específico e não tem contato com as outras áreas. Entretanto, o conhecimento por si só, individualizado, não gera nada. É isolado e perdido no tempo. Esse é o aspecto que diferencia o Ceftru e no qual queremos continuar fortalecendo-o.

 

Simone Borges: Entre os projetos desenvolvidos hoje no Centro, o principal é o MAPROEx, um programa de estudo logístico de material do Exército Brasileiro. No momento, não há outra atividade que traga recurso financeiro ao Ceftru, mas estamos buscando parcerias e viabilizando a abertura de editais. Além disso, o MAPROEx tem tido um papel muito relevante na preparação profissional dos nossos estudantes.

Foto: Anna Soares/Secom UnB


Quais são os planos dessa nova gestão?

 

Taco: Junto à interdisciplinaridade, queremos reforçar a abertura à participação externa à UnB. Precisamos tornar forte a atuação de empresas privadas nos projetos de mobilidade e transportes, precisamos da participação dos entes federativos. A nova lei de ciência, tecnologia e inovação (Lei 13.243/2015) vem em ótimo momento para os nossos propósitos, abrindo oportunidades e possibilidades que antes não existiam.

 

Simone: Nossa ideia é promover maior integração de várias áreas, dar abertura para que novos professores possam contribuir com seus conhecimentos. Vamos trabalhar de uma forma que inicialmente vai envolver quem está mais próximo, como a Faculdade de Tecnologia, por exemplo, que é nossa parceira em muitos projetos. Mas há também toda a Universidade e não apenas o campus Darcy Ribeiro. Essa integração é fundamental.

Foto: Anna Soares/Secom UnB


Que contribuições o Ceftru pode trazer para a comunidade?

 

Taco: Faz parte da nossa estratégia ter uma ação mais efetiva na solução dos problemas de Brasília. Se pensarmos em termos de estado, São Paulo avançou muito impulsionado pela Fapesp e juntamente com a universidade. Aqui é diferente, a cidade é um pouco mais engessada, mas ao mesmo tempo é um ponto chave em termos de visibilidade. A UnB tem aproveitado pouco essa visibilidade. Podemos nos tornar referência. Quando se fala de uma cidade sustentável, essa sustentabilidade é social, econômica, ambiental, mas também de gestão – e nisso a maior parte das instâncias de governo está precisando de ajuda. Nós temos essa vocação para poder auxiliá-los. A Secretaria de Mobilidade do GDF é um parceiro com o qual temos trabalhado em um planejamento específico. Vamos procurar seus operadores, pois, por conta das peculiaridades da gestão política, observamos que é difícil produzir resultado em médio prazo. O Ceftru tem muitos projetos que foram desenvolvidos na capital do país e se aplicaram no Amapá, em Belém. O melhor exemplo foi ter percorrido o Brasil inteiro pensando a mobilidade no transporte escolar.

 

Simone: Se preservarmos os nossos parceiros, retomando o contato com quem já desenvolvemos projetos no passado, como ANTT e a ANTAQ, por exemplo, isso vai ser revertido em benefício à sociedade. Nosso interesse é apresentar nossa gestão a antigos e novos parceiros.

 

Reportagem alterada em 4/04/2016, com atualização de informações