OPINIÃO

Leda Maria Rangearo Fiorentini e Cleide Maria Quevedo Quixadá Viana

 

O VI Encontro Inter-Regional Norte, Nordeste e Centro-Oeste sobre Formação Docente para Educação Básica e Superior (VI ENFORSUP) e o I Encontro Internacional sobre a Formação Docente para Educação Básica e Superior – “Formação Docente, Currículo e Avaliação: territórios referenciais para a profissão docente” (I INTERFOR) continuam os debates iniciados em 2008, quando foi instituído pela Rede Inter-Regional Norte, Nordeste e Centro-Oeste sobre Docência na Educação Básica e Superior (RIDES).

 

O intercâmbio de ideias, conhecimentos, indagações, questionamentos, experiências, entre os pesquisadores e profissionais sobre os três eixos de pesquisa no âmbito da educação básica e superior, focaliza o papel do currículo e da avaliação na formação docente, favorecendo a produção de respostas e alternativas inovadoras para antigos e crônicos problemas da docência na educação básica e superior, no contexto das instituições educativas como universidades, centros universitários, institutos federais, lócus da formação de professores.

 

FORMAÇÃO DOCENTE – Objeto de pesquisas e debates a partir do contexto social em que se situa e do compromisso da formação inicial e continuada para o exercício da profissão, a formação docente, norteada por clara concepção dos fundamentos e princípios que a regem, requer oportunidades para consolidar autonomia, construção de saberes e valores, fortalecer atitudes cooperativas e solidárias entre pares e destes com os educandos e a comunidade escolar.

 

CURRÍCULO – Conceito polissêmico que não pode ser considerado de modo estático, atemporal, a-histórico, nem descontextualizado das demandas, tensões, implicações e determinações de ordem social, política e econômica, do poder hegemônico do contexto social e do tempo histórico em que se situa. Construído no espaço-tempo da escola e não por determinação legal, precisa ser repensado no dia a dia da escola (Alves, 2005) e ser tecido por pessoas comprometidas com a construção de conhecimentos e não como algo acabado para ser cumprido.

 

AVALIAÇÃO – À concepção tradicional de avaliação classificatória contrapõe-se uma prática de avaliação formativa, parte integrante do processo de formação e comprometida com o processo de aprendizagem do aluno. Requer ato colaborativo para identificar as dificuldades a transpor em cada momento e detectar globalmente os avanços de aluno e professor nos resultados do processo de ensino e aprendizagem. Muito se aprende a aprender enquanto se ensina, ao mesmo tempo em que se aprende a avaliar enquanto se avalia (Villas Boas, 2008, p. 9).

 

Ambientes plurais de aprendizagem em redes digitais e a articulação entre intenção educativa, conteúdo, forma e contexto em que as ações educativas formais se desenvolvem exerce força pedagógica cotidiana sobre educandos e educadores que são, ao mesmo tempo, sujeitos e objetos da formação.

 

Em tempos de cibercultura e de aprendizagem ubíqua, os avanços tecnológicos, miniaturização e portabilidade dos dispositivos digitais, o nomadismo dos atores sociais, a convergência de linguagens de comunicação e de mídias (Santaella, 2010), vêm modificando maneiras de pensar, trabalhar, organizar, construir, armazenar e socializar o conhecimento, no tempo e no espaço, ao mesclar interatividade, curiosidade, envolvimento emocional, implicação e comprometimento, requerendo reflexão e crítica sobre ações e descobertas.

 

Cleide Maria Quevedo Quixadá Viana e Leda Maria Rangearo Fiorentini são professoras do Departamento de Métodos e Técnicas, da Faculdade de Educação da UnB

 


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