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Iniciativas desenvolvidas na Universidade de Brasília são apresentadas em evento que incentiva a divulgação científica para a comunidade


Quinze projetos de diferentes áreas representaram a UnB na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Com o tema Luz, Ciência e Vida, a 12ª edição do evento ocorreu entre 19 e 25 de outubro, em mais de 600 cidades brasileiras.

 

O objetivo é popularizar a ciência, principalmente entre os jovens. Somente no Distrito Federal, a iniciativa contou com mais de mil atividades e 200 entidades participantes.

 

Os estudantes Sara Gomes (18) e Bruno Dantas (19), ambos do 2º  semestre do curso de Mecatrônica e membros da equipe Droid da UnB, acreditam que a feira pode incentivar outros jovens a fazer engenharia. "A maioria dos visitantes são estudantes", observa Sara, após mostrar o teclado interativo tocado com os pés, desenvolvido pelo grupo.

Equipe Droid apresenta o projeto PéAno, teclado interativo tocado com os pés. Foto: Gabriela Studart/UnB Agência

 

Cercados de insetos, crianças ouviam sobre aranhas caranguejeiras em outro stand da Universidade. "O projeto busca aumentar o conhecimento da população sobre esses animais", explica o estudante de Biologia Davi Rios.

 

Rodrigo Guimarães (20), aluno do 3º semestre de Ciência da Computação e integrante do projeto Eléctron, compartilha opinião semelhante. Com o auxílio de um alicate e pequenas placas de metal, ele dava aula de física. "Trabalhamos em parceria com as escolas", conta. "A gente aprende mais quando ensina".

 

A SEMANA - Nem o calor desanimou estudantes, professores e autoridades que participaram da abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em Brasília. A cerimônia foi no dia 20 de outubro, no anfiteatro do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.

 

"O país passa por momentos difíceis, mas temos consciência de que o desenvolvimento só é possível com ciência e tecnologia", disse Emília Curi, representando o ministro Celso Pansera, em viagem à Suécia.

"A gente aprende mais quando ensina", diz o aluno Rodrigo Guimarães. Foto: Gabriela Studart/UnB Agência

 

Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, o governo busca ampliar a divulgação científica.

 

"Oito por cento dos brasileiros com mais de 16 anos dizem já ter participado de alguma atividade da Semana. São milhões de pessoas, mas muito menos do que gostaríamos", destacou ao citar a pesquisa Percepção Pública da C&T no Brasil. "Nosso desafio é estar presente nos mais de 5,5 mil municípios do país".

 

O secretário nacional de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, Eron Bezerra, adiantou o tema do próximo ano: alimentos. Ele lembrou o papel do desenvolvimento tecnológico no aumento da produção de alimentos no mundo. "O problema, hoje, é a concentração de renda, não a falta de comida", aponta.

 

Também participaram da mesa de abertura o presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, o reitor da UnB, Ivan Camargo, o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, general Cláudio Moraes, e a primeira-dama do DF, Márcia Rollemberg.

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