DIVERSIDADE

No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, relembre algumas iniciativas que visam garantir a entrada e a permanência deste público na UnB

 

Banda Baião de 2, formada por alunos da Apae, se apresenta na Faculdade de Educação da UnB. Foto: Élio Oliveira/Ascom Apae

 

Comemorado no dia 21 de setembro, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi instituído em 2005 pela Lei 11.133/2005. No Brasil, as políticas nacionais para a Pessoa com Deficiência (PcD) são orientadas pela convenção internacional sobre os direitos da pessoa com deficiência e seu protocolo facultativo, assinado em 2007, em Nova Iorque.

 

Na Universidade de Brasília, desde o vestibular de 2017 há reserva de vagas para esse público. O Decreto 9.034/2017, que altera a Lei 12.711/2012, exige que o número de oportunidades esteja em conformidade com a proporção de PcDs na sociedade, tendo como base o último censo do IBGE.

 

“Buscamos não somente adequação à lei, mas meios de assegurar a permanência da pessoa com deficiência na UnB”, afirma a decana de Ensino de Graduação da Universidade, Cláudia Garcia.

 

Pelas regras vigentes desde o último processo seletivo, há reserva de pelo menos uma vaga para pessoas com deficiência que estudaram em escolas públicas, seguindo o disposto na Lei 13.409/2016 e regulamentações publicadas.

 

“Essas iniciativas são muito importantes. É preciso pensar em como acolher a pessoa com deficiência”, declara Fausto Cândido, aluno de Antropologia e portador de distonia, doença rara do sistema nervoso que afeta os movimentos e é caracterizada por contrações involuntárias e espasmos.

 

Para Fausto, é preciso trabalhar essa visão e educar a comunidade na perspectiva da educação inclusiva. “Pode parecer um detalhe, mas não é. Faço estágio em um órgão federal e os colegas desconheciam esse conceito”, conta. 

Membros da Apae exibiram seus talentos na mostra comemorativa realizada na Faculdade de Educação da UnB. Foto: Élio Oliveira/Ascom Apae

 

CELEBRAÇÃO A área de Educação Especial e Inclusiva, ligada à Faculdade de Educação (FE) realizou, no último dia 13 de setembro, o evento Apae-DF mostra: Educação, Cultura, Arte e Lazer como Qualidade de Vida. A mostra, que aconteceu no Auditório Dois Candangos, trouxe participantes de oficinas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) para apresentar um pouco do trabalho desenvolvido e proporcionar interação entre os dois públicos.

 

“Um aprendizado que eles trouxeram foi a atitude humana”, conta a coordenadora da área de Educação Especial e Inclusiva, professora Amaralina M. de Souza.  

 

Para a docente, é necessário que os futuros educadores entrem em contato com realidades diferentes e tenham em mente a perspectiva da educação inclusiva. “Na Faculdade de Educação formamos pedagogos e professores. É imprescindível esse contato para que os futuros profissionais tenham dimensão da capacidade desses estudantes e insistam na educação deles”, defende.

 

Durante a mostra houve a apresentação teatral A borboleta que não podia voar e o espetáculo musical da banda Baião de 2. A oficina de qualificação de confeitaria do polo da Apae de Ceilândia serviu um coquetel e ainda houve a exibição do trabalho Brasília em Postais, uma visão especial, fruto do trabalho de três alunos da professora Márcia Gomes, licenciada da Secretaria de Educação do GDF que atua na Apae.

 

“A parceria com a UnB é fundamental. Nossos alunos são pessoas e precisam ser respeitadas como tal. Possuem talentos e precisam de quem as incentive”, opina. Para Márcia, o ponto alto da mostra foi o trabalho conjunto realizado com a Sala de Recursos de Altas Habilidades do GDF, que incentiva alunos com super-dotação.

 

“O resultado final foi que não havia como distinguir o trabalho dos participantes excepcionais dos com super-dotação. Foi uma demonstração de aprendizado e superação de preconceito”, completa Amaralina Souza.

 

OUTRAS INICIATIVAS Na UnB, a pessoa com deficiência encontra algumas ações permanentes, como o Programa de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais (PPNE), o Laboratório de Apoio ao Deficiente Visual e alguns cursos promovidos pela Coordenadoria de Capacitação (Procap) do Decanato de Gestão de Pessoas (DGP), que atua na formação dos servidores.

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