MOBILIDADE ACADÊMICA

Convênio com o Programa de Mobilidade Paulo Freire oferece a estudantes de licenciaturas bolsas de estudo em países da Ibero-América

Comunidade universitária lotou o anfiteatro 10 para participar da roda de conversa. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

A Universidade de Brasília ampliou as oportunidades de estudo no exterior para alunos de graduação e de pós-graduação de cursos relacionados à prática docente. O diálogo sobre essas possibilidades aconteceu, nesta terça-feira (21), durante a roda de conversa A importância da Mobilidade Acadêmica Internacional para a Formação de Professores, promovida pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).

 

A iniciativa integra o Programa de Mobilidade Acadêmica Paulo Freire, com o qual a UnB mantém convênio desde 2017. A parceria já resultou na mobilidade de dois graduandos para a Costa Rica, sendo um deles a aluna de Pedagogia Jéssica Reis Evangelista, que compartilhou sua experiência de intercâmbio no encontro.

 

“Busquei fazer disciplinas que não existem na UnB. Essa troca com pessoas que têm uma visão de mundo diferente agregou muito para minha pesquisa e formação”, compartilhou Jéssica Evangelista, que retornou à UnB após passar quatro meses na Costa Rica.

 

Compondo a mesa de abertura da atividade, a reitora Márcia Abrahão destacou o compromisso da UnB com a formação qualificada de professores. "A UnB tem cursos de licenciatura em todas as áreas. Essa iniciativa é mais um esforço para alcançarmos bons resultados na formação dos docentes que irão trabalhar com nossas crianças e nossos jovens”, afirmou Márcia Abrahão. 

 

Raphael Callou, diretor da OEI Brasil, reforçou que “estimular a mobilidade internacional é criar possibilidades de trazer para nosso país as boas práticas adotadas por outras nações, além de levar nossa contribuição”. Para ele, a mobilidade proporciona a interlocução de ideias e aprimora a formação dos professores por meio da experiência da prática comparada.

Lucas Ferreira e as colegas de curso ficaram interessados na oportunidade do intercâmbio de saberes. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

“Para mim foi revelador saber que posso fazer intercâmbio diretamente atrelado à área da minha graduação”, contou o estudante do segundo semestre de Pedagogia, Lucas Ferreira. Animado com a possibilidade de aprimorar sua formação, o jovem acredita que conhecer como se estabelecem os processos educativos em outros países é importante para sua formação.

 

O evento foi realizado com apoio da Assessoria de Assuntos Internacionais (INT) e da Coordenação de Integração das Licenciaturas (CIL). Representando o setor público, participaram do encontro o secretário de Educação Superior, Paulo Barone; o secretário de Estado de Educação do Distrito Federal, Júlio Gregório Filho; e a assessora especial para Assuntos Internacionais do MEC, Carla Barroso.

 

SOBRE — O Programa de Mobilidade Paulo Freire da OEI promove mobilidade acadêmica em países ibero-americanos. A iniciativa é destinada a estudantes de graduação e de pós-graduação em licenciaturas com o objetivo de aprimorar a formação dos futuros docentes de educação infantil, fundamental, média, educação especial e técnico-profissional.

 

O estudante selecionado para participar do programa pode cursar um quadrimestre na instituição de ensino de destino, com a garantia de que as disciplinas serão reconhecidas por sua instituição de origem. O programa oferta ao estudante bolsa de quatro mil dólares para despesas com alojamento, alimentação e transporte. A instituição de origem do estudante se responsabiliza pelas passagens e seguro viagem.

 

Iniciado em 2016, o Programa Paulo Freire já promoveu a ida de 22 estudantes brasileiros para países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Paraguai, Costa Rica, Cuba e México). No período, foram acolhidos 39 estudantes estrangeiros, distribuídos entre as 15 instituições públicas de ensino superior do país participantes da iniciativa.

 

“O programa inova ao incluir as licenciaturas nos processos de internacionalização da educação superior. Permite que futuros docentes tenham em seus currículos um diferencial de formação”, observa o diretor da OEI, Raphael Callou. Segundo Callou, o programa deve lançar edital no próximo ano ampliando o número de vagas ofertadas.

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