GESTÃO 2016/2020

Para o diretor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico, Sanderson César Barbalho, instituição precisa criar mentalidade propícia ao novo

 

Para abordar os desafios e as perspectivas de diferentes unidades acadêmicas e administrativas, a Secretaria de Comunicação entrevista gestores da Universidade de Brasília. O diretor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT), Sanderson Barbalho, fala sobre os próximos passos da inovação na UnB e as expectativas acerca do novo setor da instituição, o Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI).

Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Criado em 1986, o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) apoia e promove o desenvolvimento tecnológico, a inovação e o empreendedorismo em âmbito nacional, por meio da integração entre UnB, empresas e sociedade. Gestor do Parque Científico e Tecnológico da UnB, o Centro desenvolve atividades em quatro eixos: Ensino, Pesquisa e Difusão do Empreendedorismo; Transferência e Comercialização de Tecnologias; Desenvolvimento Empresarial; e Cooperação Institucional.

 

Recentemente nomeado ao cargo de diretor do CDT pela reitora Márcia Abrahão, Sanderson Barbalho é graduado em Engenharia Elétrica, mestre e doutor em Engenharia Mecânica. Antes de integrar o corpo docente da UnB, trabalhou na agroindústria; depois, em empresa desenvolvedora de equipamentos médicos e atuou como gerente de projetos.

 

“Em São Carlos (SP) estive imerso em uma dinâmica de conhecimento de desenvolvimento de empresa. Posteriormente, tive experiência de gerenciamento com profissionais com formação elevada. É sempre um desafio. O que absorvi disso é que empresa não tem projetos a perder de vista. Há controle de prazos. O que vou fazer no CDT é desenvolver um ambiente mais propício à inovação”, declara. Confira a entrevista:

 

Quais são os desafios para inovar na UnB?

 

Vejo dificuldade na questão de equipamentos e no ambiente, em que é difícil promover a realização de atividades. Portanto, nosso foco estará na inovação nos sistemas de produção. Acredito que, hoje, a Universidade tenha um potencial subutilizado.

 

Como vai ser a ação conjunta com o recém-criado DPI?

 

O DPI vai fortalecer a inovação da Universidade. O CDT não é conhecido, historicamente, como local de inovação. Quando a UnB cria o DPI e usa o CDT como braço de inovação, temos potencial de crescimento.

 

Quais são os planos do Centro para os próximos quatro anos?

 

Minha ideia é criar ambiente de inovação e, até mesmo, novas empresas. Queremos fomentar a cultura de inovação e estimular os empreendedores. Vejo desperdício de potência aqui. Pretendo abrir espaços de discussão e experimentação para criar novos negócios. Estimular visão empreendedora. Os eventos de inovação serão específicos por área, porque cada setor tem suas questões internas. Inovação não é só tecnologia. Por isso, devemos criar desafios de inovação em cada faculdade. Sobre a questão de equipamentos, vamos buscar parcerias com o governo e com empresas privadas.

 

Como inovar com poucos recursos?

 

A proposta do CDT prossegue, mesmo havendo redução de gastos na UnB. Talvez tenhamos problemas com aquisição de equipamentos e de tecnologias. A questão é que precisamos pensar que inovação tem a ver com modelo de negócios, com cultura de inovação. Exemplos são iniciativas como Uber, NuBank e Google. Eles usam tecnologia de baixo custo com grande impacto. São exemplos de começo de negócio inovador. Ou seja, inovação pode existir mesmo sem grande aporte de recursos e é nisso que precisamos focar nossos esforços.

 

Existe alguma área que seja prioritária para o CDT?

 

Questões de patentes e transferência de tecnologia para empresas. Além de desenvolver tradição de inovação.

 

 

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