INFRAESTRUTURA

Diretoria de Gestão de Infraestrutura apresentou critérios técnicos levados em conta para a priorização das ações

Diretor de Gestão de Infraestrutura, Alberto de Faria, apresenta o plano de obras da UnB ao Conselho de Administração. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

O Conselho de Administração (CAD) da Universidade de Brasília aprovou, com uma abstenção, o plano de obras da instituição. Durante reunião nesta quinta-feira (6), os conselheiros tomaram conhecimento sobre todas as demandas registradas na Diretoria de Gestão de Infraestrutura (DGI) – que somam quase R$ 672 milhões – e discutiram os critérios de priorização para a realização das obras e reformas nos campi e na Fazenda Água Limpa (FAL).

 

A administração da UnB apresentou três cenários, considerando o orçamento previsto para este ano. No primeiro, as benfeitorias somam R$ 28 milhões; no segundo, R$ 40 milhões; e, no terceiro, R$ 131 milhões. A reitora, Márcia Abrahão, lembrou que a discussão sobre o assunto deve ocorrer sempre em consonância com a realidade financeira da UnB. “Nosso déficit é de R$ 105 milhões para este ano. Além disso, não temos teto orçamentário, ainda que tenhamos recursos provenientes de arrecadação própria”, disse.

 

O diretor de Gestão de Infraestrutura, Alberto de Faria, explicou os critérios técnicos que nortearam a escolha das obras prioritárias. Estágio de desenvolvimento do projeto, necessidade da obra para resolver questões de segurança, existência de “esqueletos” e de considerações ambientais são algumas das características levadas em conta.

 

Alberto destacou, ainda, obras e reformas necessárias para o atendimento a exigências do Corpo de Bombeiros. “Nós fomos notificados em 2015, nada foi feito em 2016 e nós já levamos multa por isso”, apontou. O último plano de obras discutido no CAD era de 2011. A reitora ressaltou que não haverá debate paralelo sobre o assunto – tudo será discutido no âmbito do Conselho e das câmaras responsáveis.

 

TRANSPARÊNCIA – A diretora da Faculdade de Ciência da Informação (FCI), Elmira Simeão, destacou a importância de trazer ao CAD o cenário completo em relação às obras da Universidade. Ela também defendeu a atuação da UnB em ações de compensação ambiental, também previstas pela DGI. “Esse aspecto precisa ser contemplado neste novo modelo de sustentabilidade, tão necessário nos tempos atuais”, argumentou.

 

A diretora da Faculdade de Educação (FE), Lívia Freitas Fonseca Borges, manifestou descontentamento por não ver a unidade na lista de prioridades. O mesmo foi sinalizado pelo diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), José Manoel Sánchez. “Ao corrigirem um problema na drenagem de águas pluviais para o ICC, há alguns anos, placas do prédio foram danificadas”, contou. “Temos dez novos professores doutores que estão à disposição da UnB para auxiliar no planejamento de obras”, acrescentou.

 

O diretor da Faculdade de Medicina, Gustavo Romero, questionou os critérios e argumentou que, em muitos casos, obras de montante pequeno resolvem problemas estruturais para mais de uma unidade. Para o diretor da Faculdade de Tecnologia (FT), Antônio Cesar Pinho Brasil Júnior, a UnB deve usar as projeções residenciais que possui como uma “janela estratégica”. “É necessário levar ao Conselho Diretor um planejamento que discuta a reversão do nosso patrimônio em melhorias para a Universidade”, defendeu.

 

CEBRASPE – Antes da apresentação do plano de obras, a reitora comunicou aos conselheiros a intenção do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de rescindir o contrato com o Cebraspe para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

 

“Nós fomos ao MEC na última sexta-feira e explicamos que a UnB não havia sido comunicada oficialmente sobre nenhuma fragilidade jurídica no contrato e que não víamos nenhum argumento para a rescisão”, relatou Márcia. A reitora está, ao lado do diretor do Cebraspe, em diálogo com os órgãos públicos para rever a questão. “O contrato de gestão é o instrumento jurídico que permite a existência do Cebraspe como organização social, pelo menos, nesse modelo em que foi estruturado em 2013”, explicou o diretor do Centro, Paulo Portela.

 

A notícia foi recebida com surpresa e apreensão pelos presentes. “Se isso realmente se concretizar, será uma calamidade nacional”, disse o diretor da Faculdade de Educação Física (FEF), Jake Carvalho do Carmo. “O Cebraspe virou uma organização social de comum acordo entre os órgãos interessados, para dar credibilidade ao Enem. O desmonte dessa estrutura será um completo desastre”, afirmou o diretor da Faculdade de Direito (FD), Mamede Said.

ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.