MOBILIZAÇÃO

Reitoria, parlamentares e entidades representativas debateram e discursaram à comunidade sobre o futuro das instituições federais de ensino superior

 

Deputada Erika Kokay foi uma das parlamentares presentes no ato em defesa da universidade pública. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Representante das universidades federais na capital do país, a UnB recebeu, nesta terça-feira (19), um ato simbólico de repercussão nacional em favor da mobilização das instituições federais de ensino superior. De modo geral, todas as universidades enfrentam um momento de dificuldade orçamentária e ameaças à autonomia.

 

Ato em defesa da universidade pública brasileira foi organizado pelo Comitê de Mobilização da Universidade de Brasília e contou com a presença de deputados das comissões de Educação e de Direitos Humanos da Câmara Federal que integram a Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais.

 

Como parte da mobilização, deputados e representantes estudantis e sindicais reuniram-se com membros da administração superior da UnB, no gabinete da Reitoria. Críticas à Emenda Constitucional nº 95/2016, que estabeleceu o teto dos gastos públicos, dominaram as discussões no encontro.

 

“Precisamos identificar que o ataque à educação pública é, infelizmente, um movimento que não se restringe ao Brasil. Está presente em toda a América Latina. Temos de resistir ao possível fim da gratuidade e universalidade das instituições públicas de ensino superior", manifestou o vice-reitor, Enrique Huelva. "É igualmente necessário garantir a manutenção e expansão das conquistas que tivemos até aqui”, destacou o gestor. 

 

Após a reunião, manifestantes marcharam desde o prédio administrativo até o Instituto Central de Ciências (ICC), o maior prédio da UnB. Ali, discursos públicos dirigidos a cerca de cem pessoas reforçaram a urgência de se fazer ouvir a voz das universidades.

Vice-reitor Enrique Huelva recebeu defensores da universidade pública, gratuita e de qualidade no gabinete da Reitoria. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

A necessidade de união entre as instituições, alunos e representações políticas para a construção de uma força na luta pela qualidade de ensino superior público mediante a situação atual também foi foco das manifestações. 

 

“Pensar em ações práticas para o enfrentamento das consequências da EC 95 é urgente. Sabemos que esse enfrentamento é muito difícil, por isso a necessidade da união em prol de ações concretas, para além do campo do debate”, afirmou Clea Leite, doutoranda em Sociologia presente no ato.

 

A atividade marcou o lançamento do Manifesto em Defesa da Universidade Pública Brasileira, elaborado pelo Comitê de Mobilização da Universidade de Brasília. O documento traz diagnóstico da situação atual das instituições, com apontamento de causas, consequências e reivindicações de contribuição para o movimento.

 

 

 

*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

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