OPINIÃO

Professores titulares da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília.

Volnei Garrafa e Francisco Neves ¹

 

A pós-graduação é uma das áreas que mais cresceu nos últimos anos na UnB. O número de programas de mestrado e doutorado oferecidos pela instituição chega atualmente a uma centena e seus 8.500 alunos já alcançam mais de 1/5 do corpo discente total da universidade. E o que é fundamental em se tratando de agenda acadêmica especial e de vanguarda: com reconhecida melhoria de qualidade.


Comandar o decanato responsável por setor tão complexo – seja pelo seu tamanho, pela burocracia requerida e, principalmente, pela diversidade de assuntos que são objeto das suas diferentes áreas do conhecimento – é tarefa complexa que requer, além de conhecimento, domínio da área e persistência administrativa, indispensável rigor acadêmico.

 

Oriunda da Faculdade de Ciências da Saúde, a segunda maior Unidade acadêmica da UnB, que possui hoje sete programas de mestrado/doutorado com mais de 800 alunos (ou seja, 10% do total de alunos de pós-graduação da UnB), nos dois anos em que esteve à frente do Decanato de Pós Graduação (DPG) – entre novembro de 2016 e outubro de 2018 –, a professora Helena Eri Shimizu desempenhou suas funções com irrepreensível dedicação, isenção e responsabilidade. Especialmente os coordenadores dos diferentes programas, além dos próprios estudantes e os servidores das diferentes secretarias, são testemunhas das sensíveis melhorias verificadas em todo o sistema de suporte às atividades da pós-graduação da Universidade neste curto período, com uma série de mudanças que favoreceram o melhor funcionamento do setor.

 

Um aspecto particularmente sensível que mereceu atenção pela transformação decorrente foi aquele relacionado com a informatização e simplificação de processos do DPG e das secretarias dos Programas de Pós-Graduação (PPG), em que tiveram destaque a implantação do sistema de matrículas online (que já alcançou mais de 70% do universo de estudantes), agilização dos processos referentes aos editais de seleção de ingresso, emissão de declarações online, descentralização das bancas de defesa de mestrado e doutorado; editais online para participação em eventos científicos, entre outras iniciativas.

 

No que diz respeito a ações mais gerais do DPG que tiveram a decana como responsável direta pelo seu desenvolvimento, podem ser citados: auxílio e acompanhamento dos PPG na última avaliação quadrienal com melhoria do desempenho (os programas com nota 7 Capes subiram de dois para cinco; os dez programas que tinham nota 6 permaneceram nesse índice; os de nota 5 subiram expressivamente de 10 para 16; enquanto os de nota 4 baixaram de 41 para 35).

 

Além disso, o apoio do decanato ao professor Alan Ricardo da Silva foi fundamental para a criação dos aplicativos “Gerenciamento dos Cursos de Pós-Graduação da UnB” e “Comparação Interinstitucional dos Cursos de Pós-Graduação”. Os dois softwares aprimoraram significativamente o acompanhamento dos PPG, permitindo inclusive sua comparação com outros Programas do Brasil. Cabe ressaltar que o software “Gerenciamento dos Cursos de Pós Graduação da UnB” ganhou o Prêmio Expo Lattes do CNPq em 2018.

 

Com relação ao Programa de Iniciação Científica (PIC/PIBIC), existiu um claro esforço de maior integração com a pós-graduação com: aumento de inclusão de alunos e professores no programa; desenvolvimento do novo sistema para gestão do ProIC (inscrições, avaliações, monitoramento); garantia de 500 bolsas do CNPq e 300 bolsas FAP/DF por ano; além da publicização dos trabalhos de IC em anais dos congressos com ISBN no Portal de Conferencias da UnB.

 

Merece ainda especial registro o fato de o Decanato de Pós-Graduação ter alcançado, com apoio da Vice-Reitoria da UnB, a contratação de 44 professores visitantes especialmente selecionados por meio de Edital para contratos de um ano renovável. Um ponto especial ainda a ser mencionado neste breve relato foi a competente participação da decana na condução das reuniões promovidas com as coordenações dos programas de pós-graduação com notas 5, 6 ou 7 (ou seja, avaliados entre “muito bom” e “excelente”) que determinaram os rumos do projeto vencedor CAPES-PRINT relacionado com a internacionalização da UnB.

 

Por ocasião de sua discreta despedida, não traindo a delicadeza herdada de suas raízes japonesas, a professora Helena Shimizu enviou um breve email de adeus aos(às) coordenadores(as) dos diferentes programas. Recebeu dezenas de retornos dos/das colegas, com unânimes manifestações elogiosas não somente à presteza e cordialidade com que sempre foram tratados, mas especialmente pelo profissionalismo, responsabilidade e transparência de sua gestão, isenta de interesses pessoais e comprovadamente comprometidos com os mais nobres interesses institucionais.

 

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¹Professores titulares da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília.

 

 

 

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