CONSCIÊNCIA NEGRA

Programação almeja envolver sociedade nas questões raciais. Maior parte das atividades é no Centro de Convivência Negra, no campus Darcy Ribeiro

 

Centro de Convivência Negra sedia atividades temáticas no mês de novembro. Luís Gustavo Prado/Secom UnB

 

Ao longo deste mês da Consciência Negra, a UnB abriga atividades do Novembro Negro. Organizado pelo Centro de Convivência Negra (CCN), a programação busca discutir a presença do negro nos espaços sociais, além de refletir sobre políticas públicas e ancestralidade. Além de rodas de conversa e outros acontecimentos, o Restaurante Universitário (RU) está enfeitado com decorações que remetem à temática.

 

Manoel Neres, coordenador do CCN, explica que as atividades foram planejadas conjuntamente com o movimento negro da Universidade. “Tivemos um diálogo aberto com coletivos que atuam na instituição e debatemos o papel e a razoabilidade das políticas afirmativas universitárias, além da inserção negra nos espaços da sociedade.”

 

A programação prevê atividades para esta segunda-feira (20), Dia Nacional da Consciência Negra, como oficina de percussão e mesa de debate sobre diáspora negra. O destaque do evento vai para a roda de conversa A realidade do povo angolano, com o palestrante natural daquele país Adam Kapela, na próxima segunda-feira (27), às 17h30.

 

“Montamos coletivamente o programa. Chegamos longe, mas falta muito para estarmos onde queremos”, diz Beatriz Maria, aluna de Serviço Social e participante do programa Afroatitude. A programação trará uma conversa com ex-coordenadores do CCN, para discutir o papel histórico do centro como modo institucional de luta contra o racismo na UnB.

 

“Esperamos que o público seja composto de pretos e pardos, mas também de brancos, amarelos, indígenas – todas as pessoas –, porque essa é uma reflexão para a sociedade”, afirma Manoel Neres. A aluna de Relações Internacionais Daniela Lima, também ligada ao programa Afroatitude, considera que a ampliação do debate é mesmo essencial.

 

“A comunidade negra deveria discutir mais suas questões. São muitos assuntos e eles ficam muito distantes se debatidos somente em novembro. Infelizmente, não há como aprofundar muito fora deste mês, então, aproveitamos o momento”, desabafa.

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