OPORTUNIDADE

Nona edição do evento apresentou oportunidades de empreendimentos e de mentoria empresarial. Seminário debateu marco legal da CT&I

 

Feira de Negócios e Inovação do CDT reuniu empreendedores na Universidade. Foto: Amália Gonçalves/Secom UnB

 

Empresas acadêmicas, startups, spin-offs, incubadoras. Dentro desse ambiente que integra o meio universitário ao cenário empreendedor, o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília encerrou nesta quinta-feira (7), a nona edição da Feira de Negócios e Inovação. Desde o início da semana, a mostra levou oportunidades de investimento e instrução a empreendedores e curiosos, por meio de palestras, minicursos e exposições de projetos de empresas e patrocinadoras.

 

"O objetivo do evento é criar um ambiente para as pessoas se encontrarem. Essa comunicação é muito interessante para o surgimento de novas parcerias”, considera a vice-diretora do CDT, Sônia Carvalho. Na área de exposições, estudantes apresentaram propostas de modelos de negócios, trabalhos desenvolvidos para o projeto final da disciplina Introdução à Atividade Empresarial. Entre os destaques, esteve o aplicativo Vai Lá, plataforma para cálculo dos melhores locais de compras de produtos, levando em conta distância e custos de deslocamento.

Flávia Vasconcelos, Camila Andrade e Amanda Monivel apresentaram aplicativo como projeto final de disciplina. Foto: Amália Gonçalves/Secom UnB.

 

“Planejamos todos os custos necessários para criar a empresa. O legal da Feira de Negócios é que tem investidores que podem olhar os nossos projetos e tirá-los do papel, nos dando a oportunidade de levar o que criamos adiante”, afirma Camila Andrade, estudante de Economia.

 

POLÍTICAS PÚBLICAS – Como parte da programação, o CDT promoveu, na terça-feira (5), seminário sobre ambientes de inovação nas universidades, com ênfase no marco legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), estabelecido pela Lei 13.243/2016.

 

Entre outras providências, a legislação tornou obrigatória a criação de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), setores dentro de instituições promotoras de ciência e tecnologia que tenham por finalidade a gestão política institucional de inovação. Na UnB, esse ambiente é o CDT. 

 

O marco trouxe também novas atribuições aos NITs, como promover estratégias para a transferência de inovação gerada pela instituição e fomentar o relacionamento das instituições com empresas. Essa coadunação de Estado, universidades e empresas é denominada por especialistas como Tríplice Hélice da Inovação. O objetivo é que as três pontas interajam em prol do ambiente inovador no Brasil.

 

TRABALHO NA PRÁTICA A feira mostrou a potenciais investidores o que a UnB oferta ao mercado e também expôs que tipo de auxílio um empreendedor interessado pode encontrar na instituição. Há diversos espaços dentro do CDT trabalhando para que ideias inovadoras virem negócios.

 

O Núcleo Técnico é um setor de proteção intelectual, no qual especialistas orientam iniciantes a tratarem bem a ideia que pode virar riqueza. "Quando professores e alunos da Universidade desejam transformar pesquisas em produtos ou serviços, é este setor que administra as questões pertinentes a propriedade intelectual e transferência de tecnologia”, explica Bruno Goulart, gerente de Inovação do CDT.

 

A partir daí, com a ideia protegida, as empresas podem ser licenciadas. Todo o processo conta com a mentoria da Incubadora de Empresas, da Gerência de Projetos e outros setores do CDT. “Há empresas que procuram o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico para atender demandas industriais, como aperfeiçoamento tecnológico e ampliação da produção”, conta o gerente.

 

O tipo de auxílio dado às empresas depende diretamente do nível de desenvolvimento em que se encontram. As empresas pré-incubadas, por exemplo, estão em fase embrionária. Desejam surgir, mas estão em processo de avaliação de potencial. As incubadas já venceram essa etapa e agora recebem subsídios para se firmarem no mercado.

 

"São empresas que começaram há pouco tempo, com projetos fantásticos. Buscamos extrair o melhor do diferencial que cada uma delas possui para se destacar no mercado”, define Goulart. O último nível é o Parque Tecnológico. Ali operam empresas mais consolidadas, que já não necessitam de mentoria ou consultoria e geram lucros em inovação. "Essas empresas têm um diferencial no mercado, por serem graduadas, terem passado pelos processos anteriores. Elas possuem em comum um potencial intelectual muito avançado", avalia o gerente de Inovação.

 

>> Para conhecer mais, acesse o site do CDT

 

 

*Estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

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