INTEGRAÇÃO

Evento na Faculdade UnB Gama (FGA) abre espaço para acadêmicos e estudantes de ensino médio conhecerem iniciativas do curso de graduação

Capital Rocket Team expõe foguete desenvolvido para competição universitária na I Semana Aeroespacial da FGA. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Um foguete de mais de dois metros chama a atenção de quem transita pelo prédio de salas de aula da Faculdade do Gama (FGA) nesta semana. Batizado de Gama, o protótipo foi desenvolvido por membros da equipe de competição universitária Capital Rocket Team e ganhou destaque por seu projeto propulsivo em evento nacional. O foguete é um dos atrativos da I Semana Aeroespacial, realizada até sexta-feira (13) na FGA.

 

Além de interagir com projetos experimentais feitos pelos estudantes, comunidade acadêmica e alunos de ensino médio têm a chance de tirar dúvidas sobre o curso de Engenharia Aeroespacial, conhecer as oportunidades oferecidas pela graduação e saber mais sobre o futuro do mercado de trabalho na área. A abertura da programação ocorreu nesta segunda-feira (9), com a apresentação de projetos vinculados ao curso.

 

Atualmente, a Engenharia Aeroespacial da UnB conta com quatro equipes de competição, um grupo de pesquisa e uma empresa júnior. As iniciativas buscam integrar conhecimentos teóricos e práticos. Capitão da Equipe de Robótica Aérea Edra – voltada à produção de drones autônomos –, o estudante Pedro Gabriel Santos compartilhou as experiências do grupo na elaboração de projetos. Idealizar toda a estrutura, pensar o sistema de aeropropulsão e desenvolver a parte de componentes eletrônicos e softwares são algumas das práticas vivenciadas pelos membros da equipe.

 

Segundo Pedro Gabriel, a interação com esses conhecimentos favorece o aprimoramento das habilidades técnicas exigidas pela profissão de engenheiro. “Temos uma carga muito teórica na faculdade. As equipes de competição vêm para suprir essa necessidade de colocar em prática conhecimentos aprendidos em sala de aula”, enfatiza. 

Equipe Edra foca o desenvolvimento de drones para capacitação técnica de estudantes. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

O estudante vislumbra ainda o potencial da iniciativa para a pesquisa e a formação de mão de obra para o mercado de drones, ainda em expansão no Brasil. Uma das expectativas de evolução do segmento está em aplicações diversificadas para agricultura, monitoramento de queimadas e construção civil. “O mercado de drones está em desenvolvimento no mundo todo. Temos que formar as bases para desenvolver tecnologias melhores no futuro”, considera Pedro.

 

Além de projetar essas tecnologias, o envolvimento na equipe traz a oportunidade de participação em competições internacionais. A Edra já esteve em três campeonatos e, neste ano, representará a UnB na Internacional Micro Air Vehicles (Imav). O evento acontece de 30 de setembro a 4 de outubro, em Madri, na Espanha.

 

INOVAÇÃO À VISTA – Até sexta-feira (13), acadêmicos e estudantes de ensino médio podem conferir em estandes as tecnologias criadas por discentes do curso de Engenharia Aeroespacial, participar de palestras e mesa-redonda sobre as áreas de atuação profissionais, além de atividades lúdicas.

 

A Capital Rocket Team é uma das equipes de competição que exibirá ao público seus projetos aeroespaciais. Criado em 2016, o time oferece um campo para aplicação de conhecimentos na área, por meio da construção de foguetes experimentais. Além do protótipo Gama, o grupo expõe outros dois foguetes concebidos para competições universitárias – o Guarani I e o Deadalus I – e suas estruturas internas. Dois dos projetos foram premiados com o segundo lugar nas edições 2017 e 2018 da Competição Brasileira Universitária de Foguetes.

 

Atualmente, a equipe conta com 40 integrantes, entre estudantes das engenharias Aeroespacial, de Software e Eletrônica. Membro da Capital Rocket Team há quase três anos, o estudante Mateus Sant’Ana acredita que a iniciativa estimula o contato com a engenharia de forma prática. “Essa atuação possibilita aos estudantes ter a experiência de conceber um projeto, saber o que pode dar errado e como esse trabalho traz possibilidades maiores no mercado de trabalho”, destaca. 

Batizado de MMT02, protótipo de aeronave em dimensões reduzidas foi levado pela equipe Mamutes do Cerrado à SAE 2018. Foto: Arquivo

 

Engajar os alunos na extensão da formação acadêmica, com o desenvolvimento de projetos aeronáuticos em menores proporções, é proposta da equipe de competição Mamutes do Cerrado Aerodesign. O grupo participa da programação com palestra sobre o potencial da iniciativa na formação do perfil profissional.

 

Integrante do time, Pedro Henrique Halabi defende que a atividade na Semana Aeroespacial é uma forma de estreitar laços com as comunidades externa e do campus e de mostrar que o aprendizado em engenharia extrapola o debate em sala de aula. “É importante para os próprios alunos do campus saber o que a gente faz, pois é motivo de orgulho. Apesar da falta de recursos, o que conseguimos produzir com as diversas equipes é fantástico”, comenta.

 

Os Mamutes do Cerrado já colecionam participações em três edições da SAE Aerodesign, desafio promovido pela Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE) para estimular a difusão de conhecimentos práticos em engenharia aeronáutica entre universitários da área. Pedro Henrique considera a experiência em competições um estímulo para aprofundar o contato com o campo da engenharia. “Além dessa questão da competição, conseguimos posicionar para quem entra a ideia de vencer um desafio de engenharia, trabalhar em equipe e ver nosso avião voando”, afirma.

 

>> Veja a programação da I Semana Aeroespacial da FGA

 

 

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