EXCELÊNCIA

Desde que a avaliação foi criada, há cinco anos, a UnB figura entre as dez melhores

 

A Universidade de Brasília é a melhor do Centro-Oeste e a nona mais bem avaliada do país pelo segundo ano consecutivo, de acordo com o Ranking Universitário Folha (RUF), publicado nesta segunda-feira (19). Com nota final 90,93, a UnB ficou aproximadamente sete pontos atrás da primeira colocada, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que somou 97,46.

 

Entre as novidades nos dados da UnB está a colocação obtida pelos cursos. No total, foram avaliados 37, um a mais que no ano passado. Os cursos da UnB que ficaram classificados até a quinta posição são: Serviço Social (2º), Fisioterapia (4º), Ciências Contábeis (5º), Nutrição (5º), Psicologia (5º) e Relações Internacionais (5º). Vale ressaltar que essa posição é em relação ao mesmo programa das outras instituições avaliadas.

 

Arte: Marcelo Jatobá/Secom UnB

 

Dos cursos considerados tanto em 2016 quanto em 2015, 20 subiram de posição, oito sofreram queda e sete mantiveram o posicionamento. Destacam-se Engenharia de Produção e Engenharia Ambiental, que subiram, respectivamente, 36 e 30 posições, finalizando nos 22º e 21º lugar. Por outro lado, a queda mais abrupta foi para Agronomia, do 17º lugar para o 27º. Os demais cursos que tiveram colocação rebaixada caíram apenas uma ou duas colocações.

 

O ranqueamento é feito a partir de cinco indicadores: pesquisa, ensino, mercado, inovação e internacionalização. O melhor desempenho da UnB foi em Ensino (5ª posição) e em Inovação (11ª), ambos uma posição abaixo em relação ao ano passado. Já a classificação dos cursos tem como parâmetro a qualidade do ensino e o mercado de trabalho.

 

Arte: Marcelo Jatobá/Secom UnB

 

Para o decano de Planejamento e Orçamento, César AugustoTibúrcio, a melhor forma de avançar no que se refere à Pesquisa é “continuar abrindo editais de publicação de periódicos, como já tem sido feito, e incentivar a publicação em plataformas como SciELO”. Sobre Inovação, ele afirma que o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) já tem trabalhado para incentivar novas ideias e criar mecanismos de patentes. Já em relação ao baixo desempenho no indicador Mercado, o decano acredita que pode ser explicado pelo fato de que, em Brasília, o aluno está muito voltado para o setor público e que nem todos os levantamentos sobre a contratação de profissionais consideram essas instituições.

 

“Eu vejo como positivo estar entre as dez melhores do Brasil. Mas acredito que temos que fazer da UnB uma das cinco melhores da América Latina. Isso é um caminhada que envolve esforço de toda a comunidade acadêmica. Podemos melhorar nossa posição nesses indicadores”, afirmou o reitor Ivan Camargo.

 

SOBRE – Desenvolvido pela Folha de S. Paulo, o RUF é realizado anualmente desde 2012. Durante oito meses, profissionais acompanham informações de 192 instituições de ensino superior públicas e privadas do Brasil. Os dados consideram números de patentes brasileiras, de periódicos científicos, do Ministério da Educação e de pesquisas de opinião.