A Universidade de Brasília administra atualmente 1.511 apartamentos residenciais no Plano Piloto, todos localizados na Asa Norte. Desses, 833 são disponibilizados para aluguel ao público geral, 660 são destinados a moradia de servidores e 18 são reservados a estudantes de pós-graduação. A locação dessas unidades gera cerca de R$ 46,5 milhões em recursos anuais, grande parte gastos com a própria manutenção. Para manter os imóveis em bom estado, a Secretaria de Gestão Patrimonial (SGP), ligada ao Gabinete da Reitoria, realizou reparos em 120 unidades. Outras 37 estão em processo de finalização.
Troca e recuperação de telhados, substituição e impermeabilização de caixas d’água, restauração nos pisos de garagem, troca de lâmpadas, substituição de motores e recuperação da estrutura de portões nas áreas comuns. Além da recuperação de esquadrias, conserto de vazamentos, desentupimentos, restauração de instalações elétricas, substituição de sistemas de água fria, esgoto e revestimentos, uma reforma dos itens mais emergenciais está sendo empreendida desde o início do ano e deve continuar até o fim de 2018.
A intenção é resolver problemas estruturais e promover reparos nas áreas privativas dos apartamentos ou nas áreas de uso comum dos edifícios. Inicialmente, a prioridade é zelar pelas unidades mais deterioradas, abrangendo pouco a pouco a totalidade. “Temos um plano de trabalho para recuperar os sistemas depreciados e que atrapalham a vida do usuário. A depreciação acentuada contribui, em alguns casos, para a desocupação de imóveis, o que não é desejável”, conta o responsável pela SGP, Silvano Pereira.
As ações de melhoria têm deixado moradores de apartamentos da Universidade satisfeitos, como o coordenador de compras da UnB Aldo de Queiroz. Morador da Colina, ele se mudou para um imóvel recuperado há pouco tempo. “A SGP me ofereceu a troca logo após o término dos reparos. Agora estão reformando o apartamento em que eu residia anteriormente", relata.
Ao comparar os imóveis do mesmo bloco, ele destaca a transformação. "A melhora foi substancial. Fizeram a troca do piso, da parte hidráulica e das instalações elétricas. Além disso, colocaram boxes nos banheiros. Ficou muito melhor”, comemora.
REFORMAS – Há apartamentos situados em prédios de total propriedade da UnB e em edifícios privados. Para estes últimos, um trabalho de manutenção que preserve o patrimônio público e o interesse dos locatários é especialmente necessário. “Quando um apartamento para aluguel fica vago em um edifício particular, a Universidade tem que arcar com os custos das despesas do local, como condomínio”, explica Fernando Vilmar, coordenador de manutenção predial da SGP.
As revisões são realizadas em apartamentos e áreas comuns dos condomínios – nesse caso, somente os pertencentes à UnB – e foram divididas em quatro categorias: cobertura; predial; portas e portões; e apartamentos. “Essas intervenções eram muito necessárias, havia casos de apartamentos que estavam fechados pela falta de manutenção”, explica Silvano.
A SGP também está empenhada em recuperar os pilotis dos edifícios da Universidade. No bloco J da 109 Norte, por exemplo, o serviço de restauração de pisos e revestimentos está quase concluído. “A pintura das áreas comuns dos blocos que administramos, como halls de entrada e prumadas de escadas, está entre as prioridades”, sinaliza o secretário. O orçamento anual da instituição para estes gastos é de R$ 4 milhões.
“Para fechar bem as contas, fazemos a gestão desse valor mês a mês. Se gastamos um valor abaixo em um mês, equiponderamos no seguinte”, conclui Silvano Pereira.