No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira (5), a Universidade de Brasília deu mais um passo rumo à sustentabilidade. Entrou em operação a usina solar fotovoltaica da Faculdade UnB Planaltina (FUP), a primeira de cinco que devem ampliar a matriz energética da instituição nos próximos meses. As 132 placas têm capacidade para gerar 44 kWp (quilowatts-pico), com uma economia de cerca de R$ 4 mil/mensais na conta de luz da unidade – o que corresponde a 12% da fatura, em média.
“É um presente estarmos recebendo essa obra, em um campus cuja vocação é para a sustentabilidade, tanto por conta dos cursos que oferecemos quanto pela proximidade com áreas de preservação”, comemorou o diretor da FUP, Marcelo Bizerril. A obra custou R$ 224,7 mil, pagos com recursos próprios da Universidade.
“Neste dia, a UnB dá um passo muito firme na direção da preservação ambiental e também da economia”, destacou a reitora Márcia Abrahão. Ela lembrou que a instalação das placas constava no plano de obras aprovado pelo Conselho de Administração há dois anos. Foi, ainda, uma recomendação da comissão que avaliou, em 2017, as despesas da instituição. “A Universidade precisa empregar bem os seus recursos, e é o que estamos fazendo”, disse a reitora.
O projeto da obra foi feito por professores da Faculdade UnB Gama, em parceria com engenheiros e arquitetos do Centro de Planejamento Oscar Niemeyer. “Foi uma empreitada permeada de desafios, a começar pelo fato de ser a primeira desse tipo na UnB. Mas deu tudo certo, e a obra correu em um prazo ainda menor do que o programado”, contou a secretária de Infraestrutura, Helena Zanella.
Além da geração de energia renovável, o sistema vai funcionar como um laboratório para estudantes de diversos cursos. Um software permite o acompanhamento da produção de energia, com monitoramento diário e mensal. “Essa não é somente uma obra. Representa nosso compromisso como instituição educadora de formar bem as pessoas”, comentou a reitora. Uma das engenheiras que atua na empresa contratada é egressa da instituição, formada no campus do Gama.
CONQUISTAS – Na cerimônia que marcou a ativação do sistema, também foram lembradas outras medidas que vêm melhorando a relação da Universidade com o ambiente. Entre 2016 e 2018, por exemplo, houve redução de 23% no consumo de água, graças a correções hidráulicas e à troca de encanamentos antigos. Outro avanço foi a redução do consumo de copos descartáveis, em uma média de 40%, entre 2017 e 2018.
“Vamos, aos poucos, promovendo uma mudança de cultura. A sustentabilidade precisa ir além do discurso para atingir o comportamento de todas as pessoas que compõem a comunidade acadêmica”, pontuou o assessor de Sustentabilidade Ambiental da UnB, Pedro Zuchi. Ele também mencionou a redução da geração de resíduos químicos e biológicos perigosos, em 23%, e os esforços para a solução de históricos passivos ambientais da instituição.
Esta semana, a Reitoria enviou ao Conselho Universitário (Consuni) pedido para transformar a Assessoria de Sustentabilidade Ambiental (ASA) em uma Secretaria de Meio Ambiente. “Precisamos mostrar a importância que a Universidade dá para essa área. Somos uma instituição educadora, que estuda e pratica a sustentabilidade”, defendeu a reitora.