PÓS-GRADUAÇÃO

Especialistas falam sobre seleção no serviço público. Evento segue até quarta (10)

Foto: Isa Lima/UnB Agência

 

Começou nesta terça-feira (9) o I Simpósio Internacional de Gestão de Políticas Públicas. O encontro segue até amanhã (10) na Faculdade UnB Planaltina (FUP), onde foi criado, no ano passado, mestrado profissional na área.

 

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“A pós-graduação surgiu para qualificar professores e para discutir gestão pública no Brasil”, disse a coordenadora do curso, Andréa Gonçalves, na abertura do evento. “Na última seleção, tivemos 116 candidatos inscritos”, diz ela em referência à procura crescente pelo mestrado.

 

O diretor da FUP, professor Luiz Antônio Pasquetti, destacou a importância de se consolidar os cursos de pós-graduação. “A pós é pesquisa”, resume.

 

Para o reitor da UnB, Ivan Camargo, “Brasília precisa discutir mais gestão pública para transpor dificuldades e problemas no país”. “Não há um ministério que não precise de um bom gestor”, cita.

 

Ele ressalta a parceria não só internacional, mas também entre os campi da universidade neste tipo de evento. “A UnB sempre foi vanguarda e precisa continuar à frente. Trazer o simpósio para o campus de Planaltina tem grande valor simbólico.”

 

PALESTRAS – Após a abertura, dois especialistas renomados falaram sobre processos de seleção e recrutamento no serviço público.

Professor João Bilhim da Universidade de Lisboa. Foto: Isa Lima/UnB Agência

 

João Bilhim, professor da Universidade de Lisboa, falou sobre a experiência portuguesa na seleção de dirigentes com a criação de um órgão independente para recrutar candidatos, a Cresap.

 

“Os concursos públicos testam habilidades básicas e dirigentes precisam ser escolhidos com base em outras competências que não são consideradas nas provas tradicionais”, diz. “Os desafios são imensos."

 

Já Fernando Coelho, professor da FGV (EAESP), falou sobre modernização do modelo de seleção pública no Brasil.

 

“Hoje, no país, há cerca de 10,5 milhões de servidores públicos e 90% deles acessam o Estado por meio de concurso”, diz. “No entanto, estamos muito atrasados em relação a Portugal”, observa. “Existem disfunções na seleção e treinamento de profissionais."

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