FOMENTO

Universidade está entre as 38 instituições agraciadas em programa de inovação do CNPq

 


Bolsas serão pagas pelos próximos quatro anos e envolvem a participação de empresas. Foto: Murilo Abreu/Secom UnB

 

Três pesquisas desenvolvidas na UnB ganharam reforços na última semana ao serem selecionadas para o Programa Doutorado Acadêmico para Inovação (DAI). Duas delas são da biotecnologia, contemplando processos bioquímicos e desenvolvimento experimental, e uma da geologia, na área de prospecção mineral.

 

Com o resultado, nove bolsistas, que serão financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) durante quatro anos, podem desenvolver pesquisas em conjunto com uma empresa parceira. O programa tem como objetivo fortalecer a pesquisa e o empreendedorismo nas instituições de ensino por meio da oferta de bolsas aos estudantes de doutorado.

 

“Concorremos com as maiores universidades do país, e esse resultado mostra não só a maturidade das pesquisas desenvolvidas na nossa instituição, mas a potencialidade de se transformarem em produtos de fato utilizados no setor produtivo”, ressaltou a decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter, sobre a seleção da UnB.

 

As três pesquisas foram detalhadas no projeto submetido ao CNPq, assim como o papel de cada estudante dentro das empresas parceiras. No processo de seleção a UnB obteve nota máxima em nove dos dez critérios de avaliação. “Isso mostra que a Universidade está preparada para desenvolver pesquisas com o setor comercial”, enfatiza a diretora de Pesquisa do Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI), Cláudia Amorim.

 

Para ela, esse tipo de edital será cada vez mais comum, uma vez que as empresas estão se abrindo para a colaboração com o meio acadêmico.  “O decanato, por meio da diretoria de pesquisa e do Núcleo de Inovação Tecnológica, aliado a programas de pós-graduação muito bem pontuados na Capes nos deixa prontos para concorrer entre os melhores”, analisou Cláudia.

 

A aprovação da UnB é vista como um sinal de que a Universidade tem estrutura científica e tecnológica para receber projetos ainda maiores e atrair outras empresas para a colaboração acadêmica. “Pelos nossos resultados, o CNPq concorda que nossa política voltada à inovação está no rumo certo”, pondera a diretora.

 

O DPI ficará responsável por emitir relatórios semestrais e anuais sobre o andamento das pesquisas. Além disso, deve organizar reuniões entre as empresas parceiras e alunos pesquisadores para a definição de estratégias de mercado, além do oferecimento de workshops para discussão das metodologias usadas no trabalho.

 

O resultado desse investimento vai muito além da experiência empresarial que os alunos ganharão. “Temos boas políticas de propriedade intelectual e todos esses projetos podem gerar patentes e transferência de tecnologia”, diz a diretora, reforçando que o registro de patente para a proteção da propriedade intelectual e a disseminação dos estudos em meios científicos também estão previstos no projeto submetido ao CNPq.

 

PROJETO PARCEIRO  Fortalecer os laços dos setores acadêmico e empresarial é um dos objetivos do programa que selecionou os projetos elaborados por alunos de doutorado que tenham vínculos com uma empresa. O bolsista deve desenvolver sua tese, como todo aluno regular de um curso de pós-graduação, sob a supervisão de um professor orientador e um responsável da empresa parceira, com a qual o projeto está relacionado. O objetivo do DAI é contribuir para o aumento da capacidade inovadora, da competitividade de empresas brasileiras e do desenvolvimento científico e tecnológico no país, ao mesmo tempo que fortalece os sistemas regionais de inovação.

 

Três empresas acolheram os projetos selecionados no edital. O maior deles tem seis bolsistas envolvidos, cinco estudantes de Geologia e um de Administração e, em parceria com a AngloGold Ashanti, estão voltados a pesquisas relacionadas a técnicas de mineração. Já as empresas da área de Biotecnologia Beta 1-4 e Biotech Brasil fermentos e coagulantes receberão três bolsistas para estudos na área de processos bioquímicos. Todas as empresas envolvidas investem uma taxa mensal em cada aluno no valor de aproximadamente 300 reais, em contrapartida ao trabalho que eles desenvolvem dentro da corporação.

 

 

*Estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.