SAÚDE

Reitora Márcia Abrahão participou de solenidade no Hospital Universitário na manhã desta segunda-feira (26)

 

Indígenas realizam ritual durante cerimônia no HUB. Foto: Comunicação Ebserh

 

Rituais indígenas e a plantação de um ipê branco marcaram a solenidade de ampliação dos serviços do Ambulatório Indígena do Hospital Universitário de Brasília (HUB). O evento foi realizado nesta segunda-feira (26), no espaço onde funciona o ambulatório do HUB, e reuniu representantes indígenas e autoridades.

 

“Estou muito feliz de ser instrumento de implantação de políticas em benefício da população. Vamos construir um grande cenário para extensão, que efetivamente seja um cenário de práticas, vinculado a todas as políticas institucionais”, afirmou a superintendente do HUB, Elza Noronha.

 

A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, lembrou a importância do ambulatório para a Universidade. “O que estamos fazendo é avançar cada vez mais no ensino, na pesquisa e na extensão, que é a função da UnB. Se vocês se fortalecem, nós nos fortalecemos ainda mais, porque esse momento é significativo e simbólico”, disse.

 

Nos últimos meses, um grupo de trabalho formado por representantes do HUB, da UnB, do Ministério da Educação e da Casa de Saúde Indígena do Distrito Federal (Casai-DF) discutiu propostas de melhorias para o serviço. Uma mudança será a criação de núcleos do ambulatório em quatro comunidades indígenas do DF. O objetivo é oferecer à população orientações sobre promoção e educação em saúde, além de serviços como vacinação.

Autoridades e representantes indígenas participaram de solenidade no HUB nesta segunda (26). Foto: Comunicação Ebserh

 

“Hoje iniciamos um novo momento, que sai de dentro do HUB e se direciona para as comunidades indígenas. Queremos trabalhar em conjunto na construção do novo modelo de atenção à saúde e de novos cenários de prática”, explicou a coordenadora do ambulatório, Graça Hoefel.

 

Outra novidade será a implantação do gerenciamento do cuidado. A ideia consiste em programar todo o acompanhamento e tratamento que cada indígena encaminhado ao HUB precisará antes de ele chegar ao hospital. A mudança será garantida com a comunicação entre Casai e HUB.

 

“Nós, da Sesai e da Casai, somos parceiros dessa iniciativa para qualificar o atendimento aos indígenas encaminhados ao HUB”, afirmou a chefe da Casai-DF, que representou a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Zaira Zambelli.

 

A ampliação dos serviços do ambulatório também foi comemorada por representantes dos estudantes e indígenas. “É mais um marco no processo de demarcação do nosso espaço dentro da UnB e do hospital”, disse a representante dos estudantes indígenas da UnB, Rayanne Baré.

 

“Concretizamos um trabalho iniciado pelos estudantes e damos seguimento agora às políticas que os próprios indígenas defenderam no DF”, destacou o representante do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), Kamuu Dã. “Na aldeia e na cidade, o indígena tem que ser respeitado. Agradecemos a UnB e o HUB por conquistar a confiança dos indígenas”, completou o líder da Reserva Indígena Recanto dos Encantados e representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Junior Xukuru.

 

AMBULATÓRIO INDÍGENA – O Ambulatório de Saúde Indígena do HUB existe desde 2013. O serviço é formado por profissionais de saúde, professores e alunos da UnB, a maioria indígena. Eles são responsáveis pelo acolhimento dos pacientes indígenas e acompanhamento nas consultas, nos procedimentos e na internação. Esse trabalho facilita o contato entre médico e paciente, já que reduz as dificuldades causadas pelas diferenças culturais.

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