Queridas colegas docentes, técnicas e estudantes,

Oito de Março é uma data importante do calendário, que nos convida a fazer reflexões sobre a condição feminina na atualidade. É o momento de celebrarmos nossas professoras, técnicas e estudantes, que tanto contribuem para a construção diária de uma Universidade cada vez melhor. Mas é também uma oportunidade para pensar sobre os inúmeros desafios postos às mulheres, dentro e fora da UnB.

A pandemia revelou as persistentes desigualdades de gênero, muitas vezes aprofundando-as, com prejuízo para as mulheres que acumulam tarefas profissionais e domésticas – além dos cuidados com crianças e idosos. Elas se tornaram também mais suscetíveis à violência, uma vez que as medidas restritivas aumentam o tempo de contato com potenciais agressores. A crise sanitária tem, ainda, efeitos perversos sobre mulheres negras, indígenas e/ou periféricas, seja por elas estarem mais expostas à contaminação, seja por terem menos acesso à assistência médica e hospitalar.

Compreender as muitas facetas da crise e como ela afeta as mulheres – em suas diferentes realidades e condições socioeconômicas – faz parte de nossa missão na Universidade. Cabe a nós lançar luz sobre essas questões, propor e acompanhar políticas públicas.

Internamente, também seguimos atentos à criação de mecanismos para a promoção da igualdade. Vamos levar ao Conselho Universitário (Consuni) a discussão de uma política de direitos humanos. Criamos um auxílio creche para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica e estamos cada vez mais próximos de tirar do papel o sonho de uma creche no campus Darcy Ribeiro, acompanhada de um centro de pesquisa sobre a primeira infância.

Este ano, temos pela primeira vez uma programação integrada de atividades para o Mês da Mulher, em parceria com o Instituto Federal de Brasília. Os debates, on-line, trarão temas diversos, tais como a presença de mulheres na ciência e o trabalho remoto. Encorajamos a participação de todas.

Os próximos anos serão desafiadores para a sociedade como um todo, mas ainda mais para as mulheres. Devemos permanecer vigilantes na defesa de direitos já conquistados e na luta por outros – afinal, todos ganham em uma sociedade mais justa e igualitária.

Parabéns às mulheres da UnB, vocês nos orgulham!

Márcia Abrahão Moura
Reitora

Enrique Huelva
Vice-reitor