EDUCAÇÃO DO FUTURO

Responsável pela organização, UnB evidencia ciclo de desenvolvimento entre educação e inovação tecnológica

O evento foi organizado por professores e estudantes do Departamento de Ciência da Computação (CIC/UnB). Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

Na última semana, de 11 a 14 de novembro, a UnB promoveu, junto com a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), o VIII Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE). O evento, realizado no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, reuniu professores, estudantes e pesquisadores de todo o Brasil em torno do tema A computação na perspectiva da diversidade, inclusão e inovação na educação para o século XXI. O objetivo foi debater desafios e propor soluções para uso de apoio tecnológico no cenário nacional da educação.

 

De acordo com a coordenadora desta edição do CBIE, a professora do Departamento de Ciência da Computação (CIC/UnB) Letícia Lopes Leite, o evento reuniu os maiores pesquisadores e referências brasileiras na área de informática na educação e muitos profissionais em aprendizagem criativa. 

 

Para ela, o encontro se destaca por visar a formação continuada de professores de modo que tenham impacto no futuro. “Essas gerações possuem novas características e novas demandas sobre as quais devemos refletir e entender que a nossa ação tem impacto essencial, sobretudo porque o auxilio da inovação demanda formação permanente.”

 

Em palestras, oficinas e workshops, os participantes – em sua maioria professores e profissionais da ciência de dados – estiveram diante de inúmeras perspectivas da evolução tecnológica. Seja na saúde, na educação ou mesmo na compreensão do ambiente de trabalho, as discussões ofereceram parâmetros para tornar a dimensão tecnológica inclusiva. “Para essa qualificação é importante que haja reconhecimento das instituições e que se entenda que todos estão trabalhando para o benefício da sociedade”, acrescenta Letícia.

O professor Ismar Frango Silveira abordou os impactos das tecnologias na educação e no mercado de dados. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB  

 

Na palestra Ciência de Dados Educacionais: Desafios de Pesquisa e Formação, Ismar Frango Silveira, professor de Ciência da Computação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, refletiu sobre as possibilidades e os principais desafios para o setor no Brasil, conforme métodos de ensino e aprendizagem.

 

Para ele, a articulação entre dados educacionais e análise de dados é essencial para esse processo, pois reflete a necessidade de diálogo entre as gerações. Ademais, ressaltou a possibilidade de utilizar as capacidades preditivas das tecnologias em benefício da coletividade.

 

“As análises oferecem fatores demográficos importantes para compreender a individualidade de cada estudante e, desta forma, é possível evitar que essa pessoa faça parte das estatísticas de evasão”, exemplifica. “Além dos pontos de vista científico e técnico, espera-se formar profissionais sensíveis às diferentes realidades. A diversidade é a riqueza do ser humano”, completa.

 

MERCADO Ismar Frango Silveira também abordou a valorização do analista de dados. No Brasil, segundo ele, os salários chegam até R$ 9 mil por mês (algo em torno de U$ 27 mil/ano) para profissionais master, diferente dos Estados Unidos em que, no mesmo nível, os especialistas em dados acumulam salário de US$ 120 mil/ano. 

 

Para o palestrante, não se trata apenas de proporcionar alto rendimento financeiro aos analistas de dados, como acontece no mercado americano, mas também reconhecer a importância desse nível tecnológico para a mudança social. “Seja no contexto educacional ou comercial, podemos auxiliar a sociedade a traçar melhores caminhos de aprendizagem ou a utilizá-los para tornar as ofertas adaptadas aos contextos socioeconômicos dos indivíduos”, afirma.

 

*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

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