Representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) e estudantes entregaram, na manhã desta terça-feira (27), um documento à administração da UnB com solicitações quanto ao processo de ajustes em contratos de prestação de serviços mantidos pela instituição.
O termo, que será analisado pela área jurídica da Universidade, inclui a suspensão total da revisão dos contratos. A entrega do documento dá continuidade às negociações estabelecidas após o ato de segunda-feira (26), no qual cerca de 300 funcionários terceirizados protestaram contra a ameaça de demissão.
Também na segunda-feira, o Conselho de Entidades de Base (CEB), instância do Diretório Central dos Estudantes (DCE), encaminhou carta à Reitoria com reivindicações acerca do orçamento e da segurança nos campi da Universidade. Um dos pedidos diz respeito à formação de um grupo, com representantes dos três segmentos acadêmicos, para pressionar a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional a aumentar o limite do teto orçamentário da Universidade.
A proposta acontece frente a situação de déficit orçamentário da UnB, cuja previsão é da ordem de R$ 92,3 milhões para este ano. Uma das estratégias para enfrentamento ao problema inclui ajustes nos contratos com empresas prestadoras de serviços.
Como consequência, a administração da UnB propôs a criação de uma mesa de negociações unificada. A Reitoria deve encaminhar, em breve, correspondências ao Sintfub, ao DCE e à Associação dos Docentes (ADUnB), para que as entidades indiquem seus representantes.
DADOS – Os participantes da reunião desta terça-feira (27) também foram ao Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) para ter acesso a relatórios e planilhas em relação aos contratos de prestação de serviço.
Entre as informações verificadas estão as referentes ao orçamento de custeio da UnB – utilizado para o pagamento de despesas com água, luz e limpeza, por exemplo –, que é da ordem de R$ 137 milhões para este ano. Ao todo, os contratos herdados pela atual administração somam R$ 214 milhões.
A situação orçamentária da instituição foi discutida, na última sexta-feira (23), por diretores de institutos e faculdades e por gestores de órgãos auxiliares e complementares. Na próxima quinta-feira (29), o orçamento será discutido junto à comunidade acadêmica.