Uma comitiva da Universidade de Guelph, liderada pelo vice-reitor de Pesquisa, John Livernois, esteve na Universidade de Brasília (UnB) nesta terça-feira (3) para assinatura de termo de cooperação entre as instituições. A reunião foi realizada no Salão de Atos, no prédio da Reitoria. A iniciativa deve fortalecer parcerias existentes e abrir caminhos para que pesquisadores canadenses e brasileiros compartilhem experiências de ensino e pesquisa.
Representantes das universidades brasileira e canadense aproveitaram o encontro para apresentar especificidades de suas instituições. Falaram também sobre os cursos que são ministrados e as áreas que possivelmente irão se beneficiar do acordo.
“Queremos unir a UnB a essa instituição, que é referência para o Canadá, principalmente porque já temos professores das instituições em contato e alunos nossos desenvolvendo estudos lá. Queremos incrementar essa relação que tem se mostrado muito positiva”, afirmou o reitor da UnB, Ivan Camargo.
Desde 2014, os professores Osmar Abílio e Renato Fontes, do curso de Geografia, desenvolvem pesquisas com o professor Richard Heck, da universidade canadense. A parceria também conta com a colaboração do pesquisador Eder de Souza Martins, da Embrapa Cerrados, e do estudante Vinicius Vasconcelos de Souza, que realiza uma das etapas de seu doutorado em Guelph.
Ainda durante o encontro, os gestores da UnB e de Guelph propuseram realizar uma conferência virtual exploratória entre professores, que envolva pesquisadores de mais de uma área de estudo. “Devemos escolher áreas afins. Com certeza o grupo será composto também por professores que já possuem experiência com a universidade canadense”, aponta o chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais, Eiiti Sato. A reunião virtual deve ocorrer no mês de abril.
SOBRE GUELPH - A Universidade de Guelph fica no estado de Ontário e está entre as mais prestigiadas do Canadá. Tem cerca de 18.000 estudantes de graduação e 2.100 estudantes de pós-graduação e uma dotação de recursos para pesquisa de mais de US$ 100 milhões.
EXPANDIR HORIZONTES - Cerca de 1% da comunidade acadêmica da UnB é composta por estudantes estrangeiros. Uma média pequena se comparada à da Universidade de Guelph, por exemplo, que conta com 10% de estrangeiros entre seus estudantes. Lá, grande parte dos alunos que vêm de fora do país são graduados e escolhem as bancas da escola canadense para cursar pós-graduação.
“Como se vê, nossos índices de internacionalização ainda são muito baixos. Elevar esse nível exige esforço e formalização de acordos que facilitem a aproximação de professores e demais pesquisadores”, aponta Ivan Camargo.