INFRAESTRUTURA

Decisão foi baseada em seis critérios de priorização estabelecidos pela Secretaria de Infraestrutura da UnB

 

O Conselho de Administração (CAD) da Universidade de Brasília aprovou, por unanimidade, o plano de obras da instituição para 2019. Em reunião na última quinta-feira (27), os conselheiros definiram, com base em seis critérios de prioridade, quais obras e reformas de grande porte receberão recursos este ano. Boa parte delas será custeada com recursos próprios da Universidade – com total de R$ 32,5 milhões, conforme estabelecido na Lei Orçamentária Anual.

Secretária de Infraestrutura da UnB, Helena Zanella apresentou plano de obras ao CAD. Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

A reitora Márcia Abrahão destacou a importância de manter o investimento na Universidade, mesmo em um cenário de dificuldades orçamentárias. “Retomamos obras inacabadas, que estavam paralisadas há anos. Também priorizamos adequações necessárias para a segurança de nossa comunidade. Há, ainda, obras que se traduzirão em uma redução de gastos no futuro, como as de eficiência energética”, disse.

A apresentação do plano foi feita pela arquiteta Helena Zanella, secretária de Infraestrutura da UnB. "Qualquer obra representa um grande desafio e, a despeito de toda crise, estamos entregando e queremos entregar mais realizações", declarou. Os critérios de priorização estabelecidos pela Secretaria de Infraestrutura são:

 

1) Obras para melhoria de condições de segurança, acessibilidade ou para recuperação estrutural, incluindo as que atendam a recomendações do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF);

2) Obras remanescentes do cenário 1 do plano de obras aprovado em 2017;

3) Obras inacabadas e/ou que atendam a cumprimento de convênios e/ou determinações de órgãos de controle;

4) Obras que proporcionem melhoria da eficiência energética da Universidade;

5) Adequação de espaços construídos, reformas e melhorias, principalmente para unidades que tiveram expansão acadêmica sem expansão física;

6) Ampliação da infraestrutura (inclusive da rede elétrica e de esgoto).

 

"Nosso orçamento de investimento na Fonte Tesouro está bloqueado em 55% e o restante, com contingenciamento de 90%. Então, estamos utilizando os recursos da arrecadação própria para garantir a execução do plano", contextualizou a reitora. "É um plano enxuto, mas necessário, justamente porque nos ajuda a resolver problemas estruturais e a buscar parceiros para a realização das obras."

TEATRO Uma das obras incluídas na lista é a reforma do Teatro Helena Barcelos, no Instituto de Artes (IdA), fechado desde 2011 por necessidade de adequações determinadas pelo Corpo de Bombeiros. Outra é a do mezanino da Faculdade de Educação Física (FEF). “Esse espaço significará quatro novas salas de aula, quatro laboratórios e salas para os professores que ingressaram na Universidade depois do Reuni (o programa de expansão e reestruturação das universidades)”, celebrou o diretor da FEF, Fernando Mascarenhas Alves.

No ICC, a reforma de dois módulos no subsolo deve dar mais qualidade a, pelo menos, três unidades acadêmicas. O módulo 24, que permitirá ao Instituto de Ciências Humanas desocupar uma área originalmente da Faculdade de Comunicação, e o módulo 9, pertencente ao Instituto de Física. “Esse é o buraco negro do IF; está fechado há nove anos por falta de condições de uso. Finalmente vamos resolver esse problema”, comentou a diretora do Instituto, Fátima Makiuchi.

Obras previstas no plano aprovado na 392ª reunião do CAD. Arte: Igor Outerial/Secom UnB

 

Além das obras a serem custeadas com os recursos de investimento previstos na LOA, o plano contempla outras, que devem ser executadas por meio de parcerias – totalizando R$ 71,9 milhões. Entram nessa lista, por exemplo, a reforma da pista de atletismo da FEF, que aguarda recursos da Secretaria do Esporte do governo federal.

PONTO ELETRÔNICO Nos informes, a reitora anunciou que pretende submeter ao CAD um pedido para a retirada das definições de banco de horas e sistema de débito e crédito da resolução que regulamentou o controle eletrônico de frequência. “Há uma incongruência entre as duas definições e isso pode dar margem para que o chefe restrinja a utilização do banco de horas, um ganho que tivemos na Universidade a partir da resolução”, afirmou.

Outro informe foi sobre a situação da Autotrac, empresa que ocupa, há mais de 25 anos, um dos prédios do campus Darcy Ribeiro e cujo prazo de permanência na UnB terminou em dezembro de 2018. Por determinações legais, a Universidade lançou edital público para a escolha de uma empresa parceira para a ocupação do espaço. Entretanto, não houve interessados – nem a própria Autotrac.

Um novo edital está aberto até 26 de julho na página do Parque Científico e Tecnológico (PCTec) da UnB.

“Pretendemos que o prédio sirva aos interesses do nosso Parque Científico e Tecnológico e, portanto, das atividades-fim da UnB”, explicou a reitora. “Temos todo o interesse em manter a parceria com a Autotrac, ainda que eles saiam do campus. Entretanto, por ser área pública, precisamos seguir a legislação que rege a matéria, que prevê licitação pública e contrapartida para empresa que queira se instalar na UnB”, acrescentou. Desde o início deste ano, a Autotrac passou a pagar aluguel para utilizar o espaço.

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