O Conselho de Administração (CAD) da Universidade de Brasília aprovou, por unanimidade, a política de acessibilidade da instituição. O documento, debatido em reunião nesta quarta-feira (16), reúne definições e diretrizes a respeito do assunto, esclarecendo como deve ser atuação da administração e das unidades acadêmicas na melhoria da prestação de serviços para pessoas com deficiência (PCD) nos campi.
“A política é importante porque orienta ações de forma integrada, ainda mais que o tema da acessibilidade é transversal, perpassa várias áreas”, explicou Thaís Imperatori, responsável pela Coordenação de Apoio às Pessoas com Deficiência (PPNE) na UnB. “A política está completamente aderente a decretos, leis e resoluções internas da Universidade sobre o assunto”, acrescentou o diretor da Faculdade de Ciência da Informação, Renato Barbosa de Sousa, membro da comissão que analisou a proposta.
“Com essa aprovação, a UnB – hoje um espaço muito mais diverso do que era há alguns anos –, se compromete a aprimorar as condições de permanência de pessoas com deficiência e atrela esse objetivo ao PDI [Plano de Desenvolvimento Institucional]”, pontuou a reitora Márcia Abrahão.
Durante a discussão, ela lembrou que a Universidade acaba de contratar uma nova empresa para a manutenção dos elevadores, uma antiga reclamação da comunidade universitária no tema da acessibilidade.
“Esperamos que a nova empresa tenha um tratamento mais cuidadoso em relação às nossas demandas. Também temos trabalhado, junto à Prefeitura, à Secretaria de Infraestrutura e à Secretaria de Gestão Patrimonial, para que a fiscalização seja mais rígida, com a colaboração de todos”, comentou a gestora.
CALÇADAS – O servidor técnico Matheus Maramaldo reivindicou a inclusão de uma referência à melhoria do calçamento nos campi na política de acessibilidade. “Muitos prédios têm o acesso dificultado por conta disso”, observou. O tema, então, foi debatido e os conselheiros concluíram que ele já estava contemplado no documento.
“Como o campus da Asa Norte é aberto, sempre há a discussão dos limites da atuação da UnB e da Novacap [Companhia Urbanizadora da Nova Capital]. Estivemos na Secretaria de Obras do GDF e nos reunimos com diretores da Novacap na UnB. Fomos muito bem acolhidos em nossas demandas, que estão em discussão pela Prefeitura e pela Administração de Brasília”, esclareceu a reitora.
A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, ponderou que adequações de acessibilidade dependem da liberação de recursos orçamentários, “algo que não está na alçada da UnB". Ela frisou o caráter inclusivo da instituição. “A UnB é a única universidade que oferece formação para estudantes com surdo-cegueira no país. Outra conquista importante foi a nota 5, na avaliação oficial do Ministério da Educação, para o curso de Libras”, disse.
AVALIAÇÃO – O CAD também discutiu e aprovou alterações no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2018-2022 da Universidade, de forma a melhor documentar ações de gestão realizadas nos últimos dois anos. O objetivo é fornecer subsídios para as avaliações do Ministério da Educação. “Não há mudanças em metas e indicadores do PDI. Queremos, apenas, melhor elencar práticas e estratégias, facilitando a verificação do cumprimento de nossa missão institucional”, explicou a reitora.
Outro assunto abordado na reunião foi o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (PDTic), também aprovado pelos conselheiros. “Acórdãos de órgão de controle vêm colocando que a contratação de qualquer serviço de TI deve estar alinhada ao planejamento institucional e à estratégia de governança digital do governo federal. Esses documentos iniciais dão sustentabilidade à contratação”, contextualizou o diretor do Centro de Informática (CPD), Jacir Bordim.