ANDIFES

Reitoras e reitoras vão assinar carta em apoio às necessidades das universidades supernovas, criadas em 2018. Presidente da Capes apresentou dados sobre a região Centro-Oeste

Reunião de reitores, reitoras, pró-reitores, pró-reitoras, decanos e decanas contou com a participação da presidente do Capes, Mercedes Bustamante (centro, com blusa listrada). Beto Monteiro/Ascom UnB

 

Coordenado pela reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, e pelo reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Marcelo Turine, o grupo das oito universidades do Centro-Oeste encontrou-se na UnB, na terça-feira (21). As instituições estão organizadas regionalmente na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para que possam desenvolver ações integradas e promover o desenvolvimento sustentável da região.

O primeiro debate, coordenado pela reitora da UnB, contou com uma apresentação do reitor Turine sobre a Rede Centro-Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação (Pró-Centro-Oeste), criada em 2009. “Podemos reativar a rede, com modificações que se ajustem às necessidades da nossa região e do país de agora. Sugiro começarmos com a publicação de uma nova portaria interministerial”, disse ele.

Outra ideia é fortalecer o doutorado em rede em Bioeconomia e Sustentabilidade, desenvolvido à época na Rede Pró-Centro-Oeste, com nota 4 na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Acho importante aproveitarmos as oportunidades porque temos nas presidências da Capes e do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] pesquisadores da área de sustentabilidade. É um ponto de partida importante que dá concretude ao que estamos discutindo”, avaliou Márcia Abrahão.

O reitor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Evandro Soares, vice-presidente da Andifes, lembrou reflexões apresentadas pelo presidente Lula durante o encontro com reitoras e reitores, no início deste ano. “Precisamos criar novos cursos, mas precisamos pensar quais cursos respondem às demandas para daqui a cinco anos, 20 anos, 50 anos?” Soares também ressaltou a importância de um alinhamento do conceito sobre extensão nas universidades.

A reitora Márcia Abrahão com o reitor e as reitoras das três universidades federais supernovas do Centro-Oeste, respectivamente: Américo Neto (UFJ), Roselma Lucchese (UFCAT) e Analy Polizel (UFR). Foto: Cecília Lopes/Ascom UnB


SUPERNOVAS – Das oito universidades federais do Centro-Oeste, três são chamadas de “supernovas”, criadas em 2018: a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), a Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e a Universidade Federal de Jataí (UFJ).

As reitoras da UFR, Analy Polizel, da UFCAT, Roselma Lucchese, e o reitor da UFJ, Américo Neto, apresentaram as dificuldades das instituições, desde a escassez de recursos humanos, a pouca infraestrutura e até o baixíssimo orçamento. “Nós não tivemos um programa de expansão como as outras universidades criadas no período anterior. Nós contamos com a Andifes, que ela nos ajude na interlocução com o Ministério da Educação”, disse a reitora Roselma Lucchese.

AÇÕES INTEGRADAS – Para pensar em ações integradas para fortalecer o ensino, a pesquisa e a extensão na região, a reitora da Universidade Federal de Goiás, Angelita Pereira, e o reitor da Universidade Federal da Grande Dourado (UFGD), Jones Goettert, apresentaram algumas reflexões, como a preservação do Cerrado e a necessidade de incluí-lo no Fundo Amazônico, a integração com povos e comunidades tradicionais e a criação de um Centro de Excelência de Biotecnologia do Cerrado, entre outros temas.

CAPES – No final do encontro, a presidente da Capes, Mercedes Bustamante, apresentou índices da região Centro-Oeste, mostrando as assimetrias regionais e destacando que o Centro-Oeste “precisa de um processo de indução um pouco mais acentuado”. “Estamos tentando lançar algumas ações novas. A gestão da Capes entende que a parceria com os gestores das universidades é essencial. O processo de escolha da diretoria da Capes das áreas finalísticas levou muito em consideração não só a capacidade das áreas de conhecimento específico, mas a experiência dentro da gestão das universidades. Consideramos que isso é fundamental para resolver problemas, elaborar novas soluções e entender a dinâmica de cada região”, detalhou Bustamante.

 

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