VIDA LONGA!

Em meio à cerimônia oficial de comemoração pela data, público aproveitou para pedir melhorias no campus e aulas no período noturno. Programação segue até 23 de setembro

Autoridades da mesa e público presente se juntaram na plateia do auditório da FCE para um registro abrangente e acolhedor da homenagem aos 15 anos do campus. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB


Com auditório lotado e mesa de abertura repleta de personalidades relevantes para sua história, a Faculdade UnB Ceilândia (FCE) comemorou oficialmente, em 6 de setembro, seus 15 anos de existência.


Palavras de agradecimento e de orgulho da “instituição adolescente” foram repetidas pelos antigos e pelos atuais diretores da FCE, bem como pela reitora e pelos ex-reitores da UnB que participaram ativamente da criação do campus. Os parlamentares Erika Kokay, Reginaldo Veras e Gabriel Magno – estes últimos egressos da UnB Ceilândia –, também tiveram espaços de fala.


“Hoje, 15 anos depois, a gente vê como valeu a pena. Nós sofremos muito, foi um dos campi em que nós tivemos mais problemas com as obras. Agora nós temos graduação, mestrado e doutorado na área de saúde”, relembrou a reitora Márcia Abrahão.


“Na pandemia, vimos como estávamos formando bem: nossos egressos foram para a linha de frente. E também aqui nós fizemos pesquisa, continuamos fazendo ensino e muitas atividades de extensão. É um campus que nós temos total segurança de dizer que o futuro continuará sendo brilhante, tanto na graduação quanto na pós-graduação, na pesquisa e na extensão”, afirmou a gestora.


O diretor da UnB Ceilândia, João Paulo Chieregato, ressaltou as conquistas alcançadas ao longo desses 15 anos com o envolvimento dos estudantes e de um excepcional time de docentes e servidores técnicos, o qual chamou de “grupo de sonhadores otimistas incansáveis”.

Junto à comemoração, pedidos de aulas à noite e melhorias no campus e na redondeza. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB


“Sonhávamos juntos em ter uma oportunidade de trabalho e hoje fazemos parte de uma faculdade de excelência e uma das melhores universidades do país. Sonhávamos em criar cursos de qualidade e fomos avaliados com as melhores notas do MEC. Sonhávamos em desenvolver pesquisa e formar pesquisadores, e criamos dois programas de pós-graduação, com mestrado e doutorado. Sonhávamos em fazer extensão e nos tornamos a unidade acadêmica que mais oferta atividades de extensão anualmente ao longo desses 15 anos. Sonhávamos em fazer inovação de verdade, e já respondemos por um percentual significativo de patentes e propriedades intelectuais da UnB”, elencou.


“Somos um time de sonhadores e realizadores apaixonados por ensino, extensão e pesquisa. E é essa paixão que reflete o sucesso dos nossos projetos e o sucesso dos nossos alunos”, ratificou o diretor.


Técnicos, docentes e estudantes presentes no auditório, que ovacionaram Chieregato e a vice-diretora Laura Toni quando subiram à mesa, também aplaudiram quando o diretor falou em possível ampliação de cursos e de turnos, a fim de incluir o ensino noturno da UnB Ceilândia, e quando se falou em cobrar do Departamento de Estradas e Rodagens a construção de uma passarela em frente à instituição. Houve ainda um pedido à reitora para a instalação de coberturas para facilitar o deslocamento entre os prédios do campus.


PRÓXIMOS PASSOS – Com a oferta de cursos de saúde nas áreas de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Saúde Coletiva, uma das marcas registradas da FCE é a proximidade com a comunidade.


Esta característica deve aumentar ainda mais, de acordo com João Paulo Chieregato, quando sair do papel o Centro Integrado em Saúde, mais conhecido como Projeto CIS, um dos principais objetivos da UnB Ceilândia no momento. Em pauta há dez anos, a iniciativa busca parcerias para conseguir dar início às obras entre 2024 e 2025.


“A proposta é de construção de um prédio que possuirá em torno de quatro mil metros quadrados. A intenção é ter neste espaço alguns diferenciais, como casa terapêutica (local que reproduz os principais cômodos de uma casa e permite a reabilitação de pacientes com lesões que limitam os movimentos), além de locais para teleatendimento, várias oficinas terapêuticas que possibilitarão o desenvolvimento de novas habilidades, bem como espaços de reabilitação fisioterapêutica, incluindo uma piscina”, informou a presidente da comissão responsável pelo projeto, professora Dayani Galato.


Segundo ela, nos consultórios do CIS pretende-se realizar em torno de 12 mil atendimentos por mês, com foco em fonoaudiologia, reabilitação referente a dor lombar, em prevenção de quedas e no paciente pré-diabético.

Diretor da FCE, João Paulo Chieregato afirmou que o Centro Integrado de Saúde é um dos principais objetivos do momento. Na mesa, ele aparece à direita da professora Márcia Abrahão. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

“No entanto, devemos atender também outras necessidades como as de crianças com autismo, além de ser um local diferenciado de acesso a medicamentos”, complementou.


O local também tem o objetivo de, além de dar assistência à população, envolver o ensino dos estudantes de graduação e pós-graduação da FCE, os projetos de pesquisa e de extensão. Por isso, o espaço de atendimento será maior do que o habitual em outros centros de saúde – para que seja possível acompanhar de perto os atendimentos realizados pelos estudantes.


“Um diferencial que pretendemos ter é a possibilidade de que o primeiro acolhimento de um paciente seja realizado por diversos profissionais juntos, de forma que esse não precisará ficar repetindo a sua história, e a equipe, juntamente com o próprio paciente, definirá o tratamento a ser realizado”, pontuou Dayani Galato.


O Centro Integrado de Saúde deverá ser construído dentro do campus UnB Ceilândia, próximo ao estacionamento superior e à entrada do Instituto Federal de Brasília.


AGENDA PROLONGADA – As comemorações pelos 15 anos da Faculdade UnB Ceilândia não terminaram com a mesa oficial de 6 de setembro e seguem ainda em outros dois eventos.

No próximo dia 22, a partir das 8h30, haverá uma corrida de 5 Km pelo campus no circuito Cross Cerrado e, no dia seguinte (23), haverá, também às 8h30, a 1ª Festa da Família da FCE, que fará a integração entre servidores e familiares.


Hoje, a FCE conta com 156 docentes, 69 técnicos, 2.535 estudantes de graduação e 71 de pós-graduação. Inaugurada em 2008 como parte do projeto de expansão da Universidade de Brasília, a faculdade ofertou, já no primeiro semestre, 240 vagas em cinco cursos (Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Saúde Coletiva). Cinco anos depois, em 2013, ofertou também graduação em Fonoaudiologia.


Em 2010, criou o Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde e, em 2016, foi a vez de dar início ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação. 

 

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