A diretora de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Rita Barata, esteve na UnB na tarde desta quinta-feira (12) para apresentar mudanças na avaliação dos cursos de pós-graduação. As alterações já valerão para o quadriênio 2013-2016. O encontro, realizado no Auditório da Reitoria com a presença do reitor em exercício, Enrique Huelva, e da decana de Pós-Graduação, Helena Shimizu, reuniu mais de 70 coordenadores de programas de pós-graduação.
"Rita Barata ressaltou que as avaliações têm de ser focadas na boa formação dos alunos", destaca a decana. "O objetivo do encontro é fortalecer os coordenadores, para que apresentem da melhor forma possível o trabalho desenvolvido nesses quatro anos. Assim, a Universidade poderá aumentar sua quantidade de programas de excelência", explica.
"É muito importante termos a presença da diretora de Avaliação da Capes para dirimir as dúvidas que os coordenadores possam ter", disse o reitor em exercício. "Convidamos a professora para ajudar a trazer mais clareza sobre os critérios pertinentes à avaliação", acrescentou Helena Shimizu. Dois técnicos da Capes também estiveram presentes ao encontro para tirar dúvidas dos participantes.
NOVIDADE – O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), do Ministério da Ciência e Tecnologia, estabeleceu conexão entre os titulados entre 1996 e 2014 e a Relação Anual de Informações (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego. O levantamento mostra indicadores, como o índice de empregabilidade, e detalha, por exemplo, quantos pesquisadores trabalham em áreas relacionadas com sua formação. Os dados irão subsidiar a avaliação dos programas, que cada vez mais tem valorizado a participação dos discentes. "A pesquisa sobre os egressos é uma novidade desenvolvida pela Capes, com o intuito de saber onde estão", ressalta a decana.
Os quesitos de avaliação permanecem sendo os mesmos: proposta do programa; corpo docente; corpo discente; produção intelectual e inserção social. "A mudança é que passou a ser feita em quatro anos. Antes eram três", diz Shimizu. "A avaliação continua muito centrada na produção científica dos docentes, mas está valorizando a produção feita com os discentes, para haver reforço no processo de formação do pesquisador", explica.
"A proposta de programa é uma parte descritiva muito importante na avaliação. Nela, o coordenador de programa consegue apresentar todos os esforços empenhados, ao longo dos quatro anos, para manter a coerência com a área de conhecimento e a consistência do programa. Deve-se reforçar que os coordenadores precisam detalhar o que foi desenvolvido neste quadriênio. Trata-se da parte qualitativa da avaliação", destaca a decana.
Para ser candidato ao programa de excelência, é necessário alcançar o conceito muito bom em todos os quesitos da avaliação, além de destaque na formação de doutores e produção intelectual. Será exigida, ainda, a compatibilidade com programas de referência internacional para a área. Os processos de Mestrado Interinstitucional (Minter) e Doutorado Interinstitucional (Dinter) também irão subsidiar a avaliação. “É muito positivo que uma instituição auxilie outra, e consideraremos isso nas avaliações”, afirmou a diretora de avaliação da Capes, Rita Barata.
"O quesito inserção social refere-se ao quanto o programa consegue ajudar o desenvolvimento regional e nacional. Nesse sentido, Minter e Dinter são muito importantes. Os programas que fizerem essas ações serão melhor avaliados. Além disso, a internacionalização é outro fator importante", encerra Shimizu.